Economia

Serviços criam 45.961 vagas formais em julho, diz MTE

Dado já desconta as demissões no período

A construção civil criou 25.632 empregos com carteira assinada no mês passado e superou o volume de contratações da indústria da transformação (Drawlio Joca/EXAME.com)

A construção civil criou 25.632 empregos com carteira assinada no mês passado e superou o volume de contratações da indústria da transformação (Drawlio Joca/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 14h32.

Brasília - O setor de serviços foi responsável pela criação de 45.961 postos de trabalho formais em julho, já descontadas as demissões, enquanto o comércio contratou 28.538 trabalhadores no mês passado também considerando o saldo efetivo após a contabilização dos desligamentos. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Houve criação de 19.170 vagas no segmento de serviços de alojamento e administração, o que foi recorde para o mês. No caso de comércio e administração de imóveis, a geração foi de 18.500 postos no âmbito da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). O segmento de serviços de Transportes e Comunicações foi responsável por 7.530 postos, já descontadas as demissões, enquanto o de médicos e odontológicos, por 6.922 vagas. As instituições financeiras criaram 2.128 vagas no mês passado.

No comércio, foi verificado um saldo de 21.356 postos no segmento varejista e de 7.182 no caso do atacado. Os serviços industriais e de utilidade pública - cujos dados são contabilizados separadamente - foi responsável pela geração líquida de 1.129 vagas no mês passado. A administração pública criou apenas 13 postos.

Construção

A construção civil criou 25.632 empregos com carteira assinada no mês passado e superou o volume de contratações da indústria da transformação, responsável por um saldo de 23.610 novos postos de trabalho formal, já descontadas as demissões.

"O resultado da construção civil em julho foi muito bom", avaliou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. De acordo com ele, o período de seca em vários estados brasileiros contribuiu para a aceleração do setor.

No caso da indústria de transformação, o único segmento a apresentar um volume de desligamentos maior do que o de admissão foi o de borracha, fumo e couro. O saldo do setor ficou negativo em 3.308 postos em julho e explica-se, conforme o ministro, por motivos sazonais. "As atividades de fumo apresentaram um resultado negativo, principalmente nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul", considerou.

Nos demais, as contratações superaram as demissões formais no mês passado. A indústria de produtos alimentícios criou 6.137 postos; a indústria química, 4.006 vagas e a de calçados, 3.738 postos. A indústria de material elétrico e de comunicação foi responsável pela geração de 2.717 vagas, enquanto a de material de transporte, por 2.479 e a de produtos minerais não metálicos, por 2.473. A indústria mecânica criou 2.021 postos no mês passado.

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