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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - A inadimplência das empresas recuou 10,9% em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje a Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. Na comparação com abril, houve alta de 1,6% na inadimplência das empresas. No período de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2009, houve queda de 9,3% na inadimplência, o que representa o maior recuo acumulado nos primeiros cinco meses do ano desde 2004.
De acordo com os analistas da Serasa Experian, o período de janeiro a maio do ano passado foi marcado pela baixa na atividade econômica, em razão da crise financeira mundial. Em 2010, no entanto, a receita das empresas está subindo, o que contribui para reduzir a inadimplência. A alta verificada em maio ante abril, segundo os técnicos da Serasa Experian, ocorreu porque os dados não são dessazonalizados. Além disso, maio tem um dia útil a mais.
No acumulado do ano até maio, o valor médio das dívidas das empresas com bancos foi de R$ 4.771,33, o que representa uma alta de 3,5% em relação aos cinco primeiros meses de 2009. No caso dos títulos protestados, o valor médio foi de R$ 1.610,17, uma queda de 10,5% ante o mesmo período de 2009. Já os cheques sem fundos emitidos por empresas apresentaram, de janeiro a maio valor médio de R$ 2.004,36, uma alta de 38,6% na mesma base de comparação.
Grandes empresas
Na análise por porte, a inadimplência das grandes empresas caiu 19,8% em maio, em relação ao mesmo mês de 2009. As médias empresas apresentaram baixa de 23,8%, enquanto as micro e pequenas tiveram queda de 9,7%. A expectativa é de que, no terceiro trimestre, a inadimplência das empresas continue em queda.
Na comparação de maio com abril, porém, houve alta de 6,3% da inadimplência entre as grandes empresas, de 5,9% entre as médias e de 1,3% entre as pequenas. Segundo os técnicos da Serasa Experian, o crescimento da inadimplência entre as grandes e médias empresas está ligado ao fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e às dificuldades para a exportação de produtos, considerando o câmbio valorizado. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado mensalmente, considera cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas em todo o País.
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