Carteira vazia: de acordo com os economistas da Serasa, a solvência das organizações tem sido impactada negativamente com os aumentos nas despesas financeiras (.)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2015 às 13h01.
São Paulo - Os pedidos de falência cresceram 8,8% em julho ante junho, segundo pesquisa da Serasa Experian, para 173. Na comparação com julho do ano passado, a alta foi de 22,7%.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, os pedidos aumentaram 4,1% em relação ao mesmo intervalo de 2014, para 971. Dos pedidos de falência feitos este ano, 51,4% foram de micro e pequenas empresas, 22,2% de companhias de médio porte e 26,4% de grandes empresas.
De acordo com os economistas da Serasa, a solvência das organizações tem sido impactada negativamente com os aumentos nas despesas financeiras, geradas, principalmente, pelas elevações das taxas de juros.
Além disso, com a recente alta do câmbio, muitas empresas com dívida em dólar estão enfrentando dificuldades. "O atual quadro recessivo da atividade econômica dificulta também a geração de caixa das empresas, agravando sua situação financeira", dizem os analistas.
O número de falências decretadas caiu 12,5% em julho ante junho, para 84, mas subiu 33,3% na comparação com julho do ano passado. No acumulado do ano, a alta é de 24,6%, para 532 casos.
Em relação aos pedidos de recuperação judicial houve alta mensal de 28,6%, para 135 requerimentos, um recorde para os meses de julho. Na comparação com julho do ano passado, o crescimento foi de 117,7%. No acumulado do ano, houve elevação de 21,5%, para 627, o maior nível desde 2006.
No cômputo das recuperações judiciais deferidas, julho teve alta de 24,4% ante junho, para 112. Em relação a julho do ano passado, a elevação foi de 86,7%. No acumulado do ano, as recuperações deferidas somam 534 casos, aumento de 34,5% em relação aos sete primeiros meses de 2014.