Economia

Serasa: demanda do consumidor por crédito cai 15,1% em abril

O nível de confiança ainda contido e o desemprego elevado explicam a baixa disposição do consumidor para se endividar

Crédito: o ritmo de concessão de crédito para pessoa física também está em estagnação (Getty Images/Getty Images)

Crédito: o ritmo de concessão de crédito para pessoa física também está em estagnação (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2017 às 19h49.

São Paulo - A quantidade de pessoas que buscou crédito em abril diminuiu 15,1% na comparação com março de 2017.

Já em relação a igual mês do ano passado, a demanda recuou 5,1%, segundo dados do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito.

Com esse resultado, a procura do consumidor por crédito fechou o primeiro quadrimestre de 2017 com recuo de 0,7% contra os primeiros quatro meses do ano passado.

Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o nível de confiança ainda contido e o desemprego elevado explicam a baixa disposição do consumidor para se endividar.

"A procura não cresce, o mercado de crédito está em estagnação, pelo menos em relação à demanda do consumidor", afirma.

O economista acrescenta que o ritmo de concessão de crédito para pessoa física também está em estagnação, contribuindo para esse cenário.

Rabi comenta que os dados quadrimestrais explicam melhor a baixa variação na demanda do consumidor por crédito, por não sofrerem com mudanças sazonais.

Em relação à renda, por exemplo, destaca que a procura do consumidor por crédito caiu 1,2% para quem recebe entre R$ 1.000 e R$ 2.000 na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado; e diminuiu 2,4% para os que recebem mais de R$ 10.000 por mês. As oscilações positivas também variaram pouco.

Nas rendas mais baixas, houve aumento de 0,8% para a faixa de renda de até R$ 500 mensais e 0,3% para o consumidor com renda entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês.

Acompanhe tudo sobre:CréditoSerasa ExperianVarejo

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1