Economia

Senado dos EUA aprova Powell como próximo chair do Fed

Powell, que foi visto como uma escolha com opiniões alinhadas às da atual chair do Fed, Janet Yellen, é advogado e ex-banqueiro de investimentos

Jerome Powell atuava no Conselho de Diretores do Fed desde 2012 (Joshua Roberts/Reuters)

Jerome Powell atuava no Conselho de Diretores do Fed desde 2012 (Joshua Roberts/Reuters)

E

EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 21h04.

Última atualização em 23 de janeiro de 2018 às 21h59.

Washington - O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira Jerome Powell como o próximo presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, assumindo o cargo em fevereiro, em substituição da atual presidente Janet Yellen.

Com 84 votos a favor e 13 contrários, a confirmação do nome de Powell, membro da junta de governadores do banco central americano desde 2012, foi praticamente uma mera formalidade.

"Estou convencido que Powell tem o conhecimento e a sabedoria necessárias para liderar nossa economia", afirmou Trump ao anunciar o nome de seu indicato para o cargo em novembro.

Trump destacou que há poucos cargos mais importantes do que o comando do Fed e agradeceu ao "maravilhoso trabalho" realizado por Yellen nos seus quatro anos à frente da instituição.

A próxima reunião do Fed, marcada para ocorrer nos próximos dias 30 e 31 de janeiro, será a última presidida por Yellen.

Com a indicação de Powell, Trump confirmou as suspeitas dos analistas, que o veem como alguém que dará continuidade à política adotada por Yellen: uma ajuste monetário gradual e a retirada dos bilionários estímulos aplicados após a crise financeira de 2008.

Nos seus cinco anos na junta de governadores do Fed, Powell sempre votou a favor das decisões majoritárias tomadas pelo órgão.

O Fed elevou as taxas de juros nos EUA três vezes em 2017, colocando o índice entre 1,25% e 1,5%. A expectativa é que mais três reajustes sejam feitos ao longo de 2018.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemJanet Yellen

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo