Economia

Senado dos EUA aprova acordo que evita abismo fiscal

Aprovação, com 89 votos a favor e 8 contra, passa o drama agora à Câmara dos Representantes


	Nesta terça-feira vence no país uma série de grandes isenções fiscais que datam de 2001 e 2003
 (onathan Ernst / Reuters)

Nesta terça-feira vence no país uma série de grandes isenções fiscais que datam de 2001 e 2003 (onathan Ernst / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2013 às 08h15.

Washington - O Senado dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta terça-feira um acordo pactuado entre a Casa Branca e os republicanos para tirar o país do 'abismo fiscal' no qual entrou, pelo menos tecnicamente, com a chegada de 2013.

A aprovação, com 89 votos a favor e 8 contra, passa o drama agora à Câmara dos Representantes, cuja sessão está programada para as 15h de Brasília, e onde a maioria republicana deverá demonstrar mais resistência ao pacto.

O acordo, negociado à beira do 'abismo fiscal', mantém sem incrementos os impostos para os cidadãos com rendas anuais de menos de US$ 400 mil e casais que ganham até US$ 450 mil.

Acima desse valor, a taxa do imposto sobre a renda subiria dos 35% atuais a um máximo de 39,6%, o que representaria a primeira alta de impostos nos EUA em duas décadas, algo a que os republicanos se opunham fortemente.

Além disso, os cortes de US$ 24 bilhões para o Pentágono e programas sociais seriam adiados em dois meses.

No entanto, a fórmula final está submissa à decisão da Câmara dos Representantes, que poderá emendar o acordo elaborado no Senado.

Nesta terça-feira vence no país uma série de grandes isenções fiscais que datam de 2001 e 2003 e foram promulgadas pelo Governo do então presidente George W. Bush.

A falta de ação legislativa significa que, tecnicamente, nesta madrugada subiram os impostos para todos os americanos.

Embora as altas de impostos comecem a ser efetivas a partir de hoje e os cortes nos gastos públicos a partir de quarta-feira, é possível que o Legislativo anule seus efeitos com caráter retroativo, pelo que os cidadãoes e a economia não sofreriam as consequências do abismo fiscal.

Em comunicado, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, confirmou que o plenário da câmara baixa estudará hoje o acordo aprovado pelo Senado, mas não antecipou se será para aceitá-lo tal qual está ou se para tentar emendá-lo. EFE

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