Economia

Senado do Paraguai debate adesão da Venezuela ao Mercosul

O presidente do Senado do Paraguai anunciou que a câmara tratará amanhã do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul


	Bandeiras do Paraguai: caso o projeto de lei seja aprovado pelos legisladores, passará diretamente à Câmara dos Deputados
 (GettyImages)

Bandeiras do Paraguai: caso o projeto de lei seja aprovado pelos legisladores, passará diretamente à Câmara dos Deputados (GettyImages)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 12h53.

Assunção - O presidente do Senado do Paraguai, Julio César Velázquez, anunciou nesta segunda-feira que a câmara tratará amanhã, em sessão extraordinária, o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Velázquez fez o anúncio em declarações aos jornalistas no Senado, quatro dias depois que o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, rubricou o protocolo e o enviou ao Congresso.

Segundo um porta-voz do escritório do Senado, caso o projeto de lei seja aprovado pelos legisladores, passará diretamente à Câmara dos Deputados, enquanto caso seja rejeitado, será cancelado.

Na sexta-feira passada, Cartes se mostrou convencido de que os legisladores a favor do protocolo são uma "absoluta maioria".

A formação de Cartes, o Partido Colorado, necessita chegar a 23 votos para aprovar o texto no Senado, uma maioria simples, antes de ser estudado na câmara Baixa.

Desta maneira se resolveria um conflito jurídico que afetou as relações do Paraguai com os outros membros do Mercosul, enturvadas após a destituição de Fernando Lugo da Presidência paraguaia após uma controvertido julgamento político em junho de 2012.

Como "castigo" pela destituição de Lugo, Argentina, Brasil e Uruguai excluíram de forma temporária o Paraguai do Mercosul.

Os três países aproveitaram essa ausência do Paraguai para incorporar a Venezuela, uma entrada que o Senado paraguaio bloqueou durante anos.

O anúncio do Senado se produz no mesmo dia em que a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade a retirada da declaração de "persona non grata" contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

A declaração foi emitida durante a crise pela destituição de Lugo e quando Maduro se encontrava em Assunção em qualidade de chanceler da Venezuela.

O plenário da câmara baixa tratará esse tema na quarta-feira em sua sessão ordinária.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMercosulParaguaiVenezuela

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto