EUA: o projeto daria ao Fed maior flexibilidade na supervisão exercida sobre bancos com patrimônio na faixa entre US$ 100 bi e US$ 250 bi (Alex Wong/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de março de 2018 às 22h16.
Washington - O projeto de lei aprovado na noite desta quarta-feira pelo Senado dos Estados Unidos pode reverter diversas regras financeiras em vigor no país desde a sanção do conjunto de leis conhecido como Dodd-Frank, em 2010, entre elas o critério para determinar quais bancos são submetidos à mais rigorosa supervisão pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Um dos trechos da proposta poderia reduzir de 38 para 12 o número de instituições financeiras (IFs) sujeitas a esse escrutínio, ao elevar de US$ 50 bilhões para US$ 250 bilhões em ativos o critério de patrimônio para enquadramento nos testes de estresse mais exigentes feitos pelo Fed.
Além disso, o projeto daria ao Fed maior flexibilidade na supervisão exercida sobre bancos com patrimônio na faixa entre US$ 100 bilhões e US$ 250 bilhões, de forma que possa avaliar o rigor de acordo com sua percepção de níveis de risco.
No debate sobre a proposta, mereceu atenção dos senadores um trecho que pode isentar bancos que concedem menos de 500 hipotecas por ano de relatar certos dados sobre raça e renda dos clientes desse produto.
Alguns deputados republicanos querem conciliar o projeto de lei do Senado com uma outra proposta, aprovada na Câmara no ano passado, que reverteria uma parte ainda mais significativa da lei Dodd-Frank.
Senadores e seus assessores alegam que a matéria aprovada hoje já incorpora oito itens da proposta da Câmara e qualquer nova mudança na sua redação poderia desmontar o acordo bipartidário feito no Senado em torno da tramitação do projeto. Fonte: Dow Jones Newswires.