Economia

Sem surpresas, BC reduz Selic para 10,50% ao ano

Corte de meio ponto percentual é o quarto seguido; BC continua justificando decisão com base no cenário internacional

BC continua flexibilização monetária e reduz juros pela quarta vez consecutiva (Elza Fiúza/ABr)

BC continua flexibilização monetária e reduz juros pela quarta vez consecutiva (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 19h35.

São Paulo – O Banco Central (BC) começou o ano agindo de acordo com o que o mercado já esperava. Em sua primeira reunião em 2012, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa básica de juros em meio ponto percentual.

A Selic passou de 11% para 10,50% ao ano. Ao efetuar o quarto corte consecutivo na Selic, o BC mantém sua política de relaxamento monetário, iniciada em agosto do ano passado. Em quatro reuniões a autoridade monetária reduziu a Selic em dois pontos percentuais (veja infográfico abaixo mostrando a evolução dos juros no governo Dilma).

As últimas decisões do BC têm sido motivadas principalmente pelo cenário econômico internacional. A autoridade monetária enxerga uma depressão na economia mundial forte o suficiente para permitir uma redução dos juros no país sem ameaçar o compromisso com a meta de inflação para 2012.

A ata do Copom, que traz detalhes sobre os motivos que levaram os diretores a optar pela queda da Selic, será divulgada na quinta-feira da semana que vem, e deve trazer mais informações sobre os rumos. A próxima reunião será realizada nos dias seis e sete de março.

Após o término do encontro, em Brasília, o Banco Central emitiu o seguinte comunicado: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 10,50% a.a., sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012."

(Exame.com)

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto