Durante o governo de Chávez, Exxon Mobil e a ConocoPhillips tiveram que deixar a Venezuela (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 22h15.
Houston - A morte de Hugo Chávez, anunciada na noite desta terça-feira, deixa um vazio na petrolífera Venezuela e incertezas para a indústria global de energia, disseram executivos da indústria do petróleo e analistas.
A notícia da morte do líder bolivariano foi divulgada durante a conferência IHS CERAWeek, em Houston, nos Estados Unidos. Executivos da empresa, funcionários do governo e analistas apontaram para o vácuo de liderança que Chávez deixa depois de comandar o país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) durante 14 anos.
Mas, para muitos participantes da indústria, o problema se resume a uma questão: será que as empresas de petróleo estrangeiras serão chamadas de volta à Venezuela para reavivar a estagnada indústria local? "Esta é a pergunta de um milhão de dólares, se eles vão abrir ou não", disse Bobby Tudor, presidente da empresa de investimento de energia Tudor Pickering Holt.
Em seu mandato, Chávez tomou posse da maioria dos campos petrolíferos, além de medidas que espremeram as companhias multinacionais e fizeram a Exxon Mobil e a ConocoPhillips deixar o país. No entanto, vários participantes da conferência em Houston ressaltaram que a fuga das empresas e de seu expertise levaram a um declínio na infraestrutura de energia e na produção de petróleo do país.
A produção de petróleo da Venezuela diminuiu 21% desde 1999, quando Chávez assumiu o poder, de acordo com dados do governo dos EUA. Apesar da queda na produção, a Venezuela tinha um número estimado de 211 bilhões de reservas provadas de barris de petróleo em 2011, a segundo maior do mundo, segundo o Oil and Gas Journal. As informações são da Dow Jones.