Economia

Secretário sugere que Placar da Previdência seja refeito

Para Mansueto de Almeida, em 2 semanas o trabalho de articulação política do governo já terá se refletido em um maior apoio parlamentar à proposta

Mansueto de Almeida: o secretário garantiu que os pontos considerados "inegociáveis" serão mantidos e disse que é possível elevar o apoio do Congresso à reforma sem alterá-los (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mansueto de Almeida: o secretário garantiu que os pontos considerados "inegociáveis" serão mantidos e disse que é possível elevar o apoio do Congresso à reforma sem alterá-los (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 18h32.

Após o Grupo Estado publicar na tarde desta quarta-feira, 5, o Placar da Previdência, que mostrou que apenas 20 deputados são favoráveis ao texto da reforma enviada pelo governo ao Congresso o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida, sugeriu que o levantamento seja refeito daqui duas semanas, quando, segundo ele, o trabalho de articulação política do governo já terá se refletido em um maior apoio parlamentar à proposta.

"Está havendo uma discussão intensiva agora e nas próximas duas semanas, coordenada por toda a área política do governo e também pelo próprio relator da reforma na Câmara, deputado baiano Arthur Maia, do PPS, para justamente esclarecer os pontos mais polêmicos. Então eu acredito que, depois dessa rodada de discussão intensiva com todos os partidos da base, o índice de adesão vai aumentar sensivelmente", disse.

"Eu iria sugerir, então, que essa pesquisa fosse refeita daqui duas semanas, porque com certeza vai mostrar um cenário bastante diferente", garantiu.

Segundo o secretário, o parecer que está sendo preparado pelo relator será diferente do atual porque todos "os pontos polêmicos" serão solucionados ou esclarecidos.

"Será um texto mais consensual", disse.

Ele garantiu, no entanto, que os pontos considerados "inegociáveis" serão mantidos e disse que é possível elevar o apoio do Congresso à reforma sem alterá-los.

"O governo está aberto para negociação, desde que os pontos principais, a espinha dorsal da reforma, sejam mantidos", afirmou.

Segundo o secretário, a arma do governo para elevar a adesão dos parlamentares à reforma sem alterar os chamados pontos inegociáveis, que ele não quis detalhar quais são "em respeito ao Congresso", será esclarecer as dúvidas.

"Quase todo mundo acha que é necessário trabalhar 49 anos para ter a aposentadoria. A reforma garante que qualquer pessoa vai se aposentar com pelo menos 76% da renda que tinha, e a cada ano isso aumenta", disse.

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