O presidente americano também criticou a Alemanha pelo gasoduto com a Rússia (Sean Gallup/Getty Images)
EFE
Publicado em 11 de julho de 2018 às 14h45.
Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reconheceu nesta quarta-feira que os "desacordos" persistem entre aliados ao término do primeiro dia da cúpula da organização, embora não tenham impedido a tomada de decisões para fazer à Aliança "mais forte".
"Acabamos de concluir uma reunião substancial dos 29 chefes de Estado e de Governo. Tivemos discussões, temos desacordos, mas o mais importante, temos decisões que impulsionam esta aliança e nos fazem mais fortes", disse Stoltenberg em entrevista coletiva.
O primeiro dia da cúpula foi marcado pelas críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos aliados que ainda não cumprem a meta de investir 2% do seu PIB em despesas militares e, especialmente, a Alemanha.
"Na história da Otan tivemos muitos desacordos e fomos capazes de superá-lo várias vezes", afirmou o secretário-geral.
"Porque, no fim de contas, estamos de acordo que a Europa e América do Norte estão mais seguras juntas. A Otan é boa para a Europa e é boa para a América do Norte", acrescentou.
Stoltenberg lembrou que divisão do orçamento não se refere só ao "dinheiro" que os países devem investir, mas também às "contribuições" e às "capacidades".
"Certamente, o dinheiro tem que ser bem usado, como nas capacitações europeias ou em missões, como a do Iraque", comentou o secretário-geral.
Além disso, os líderes concordaram em atualizar a estrutura de comando da Otan com 1.200 novos postos e um quartel para o Atlântico nos EUA e outro de apoio logístico na Alemanha.