Aço: governo brasileiro rejeitou pedido para investigar suposta prática de dumping nas exportações para o Brasil de tubos de aço carbono (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 25 de abril de 2018 às 11h07.
São Paulo - O governo brasileiro rejeitou pedido para investigar suposta prática de dumping nas exportações para o Brasil de tubos de aço carbono da China e da Coreia do Sul, por não ter encontrado indícios de dano à indústria local, de acordo com circular da Secretaria de Comércio Exterior publicada nesta quarta-feira.
O pedido de abertura de investigação foi feito pela Confab Industrial, no fim de julho do ano passado, relativamente aos tubos de aço carbono ou de aço ligado, soldados longitudinalmente, com diâmetro externo igual ou superior a 10 polegadas e igual ou inferior a 48 polegadas.
No caso das exportações da Coreia do Sul, a Secex não encontrou indícios de prática de dumping. No caso da China,apesar de indícios de dumping, as autoridades brasileiras não encontraram relação causal da prática com danos à indústria doméstica.
O período analisado foi de julho de 2016 a junho de 2017.
"Há dois evidentes fatores que contribuíram para o dano à indústria doméstica ao longo do período de análise: a acentuada contração de mercado, que possui reflexos evidentes sobre o volume de vendas do produto similar da indústria doméstica no mercado interno e sua produção; e a também acentuada queda da produção de outros produtos, que compartilham a capacidade instalada de produção do produto similar", disse a Secex em circular publicada no Diário Oficial da União.
Os tubos de aço com costura têm aplicação em oleodutos, gasodutos, transporte de etanol e outros hidrocarbonetos, de minérios e rejeitos
Em agosto do ano passado, o Brasil prorrogou por cinco anos o direito compensatório definitivo antidumping de 743 dólares por tonelada, nas importações de tubos de aço carbono sem costura, com diâmetro de até cinco polegadas, da China