Preços de combustíveis: segundo economista da FGV, como está desacelerando o IGP-M, haveria espaço para algum aumento dos combustíveis (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2013 às 17h36.
São Paulo - Um eventual reajuste nos preços dos combustíveis, especialmente no do diesel, não deve ser desprezado e pode pressionar a inflação no atacado, mas não a ponto de preocupar.
A avaliação é do economista e coordenador dos índices gerais de preços (IGPs) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
De acordo com o economista, como está desacelerando o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado nesta quinta-feira, haveria espaço para algum aumento dos combustíveis.
"É difícil medir o impacto, pois é indireto. Mesmo que aconteça, tem um espaço bom, uma folga. O IGP-M em 12 meses está historicamente baixo em relação a agosto do ano passado e ainda não terminou o ciclo. Então, pode acomodar algum reajuste", declarou, ao se referir à taxa de 3,85% do IGP-M acumulado em 12 meses até agosto, contra 7,72% apurada em igual período de 2012.
Segundo o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), enquanto a gasolina pesa apenas 1,62% na composição da inflação no atacado medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o diesel tem participação de 3,13%.
"O diesel pesa bastante no IPA. Cada ponto porcentual de reajuste do combustível ao produtor corresponderia a aumento de 0,03 ponto", explicou.