Economia

São Paulo supera Berlim em influência global, diz estudo

São Paulo empata com Madrid e é a cidade mais influente da América Latina em ranking do Civil Service College com a Chapman University

EXAME.com (EXAME.com)

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João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 16h21.

São Paulo - São Paulo é a cidade mais influente da América Latina, de acordo com um estudo do Civil Service College de Singapura e da Chapman University.

Entre 58 áreas metropolitanas, ela fica em 23º lugar - empatada com Bruxelas, Boston, Dallas-Forth Worth, Madrid e Melbourne.

O ranking geral é liderado por Londres, Nova York, Paris, Singapura e Tóquio. 

A análise foi feita pelo escritor e professor de desenvolvimento urbano Joel Kotkin em parceria com o ex-consultor da Accenture Aaron Renn e o demógrafo Wendell Cox.

A ideia central foi dar mais importância para eficiência, acesso a capital e informação e laços com o resto do mundo do que métricas tradicionais como tamanho do PIB.

Os critérios do ranking premiam cidades com muitos habitantes de origem estrangeira e que dominam alguma indústria específica - o que faz São Francisco, por exemplo, aparecer em 10º lugar, graças ao Vale do Silício.

Foram analisadas 8 dimensões: diversidade, investimento estrangeiro direto, importância estratégia para indústrias globais, relevância em tecnologia e mídia, rede de serviços de apoio à produção, número de sedes de empresas no Fortune Global 2000, conectividade aérea e serviços financeiros.

Segundo os autores, o primeiro lugar de Londres mostra que há um grande elemento de "inércia" no poder da cidades. No entanto, sua hegemonia, assim como a de Nova York, já não é mais a mesma e sofre competição de outras localidades, principalmente de fora da Europa.

Genebra está na 34ª posição e Berlim na 37ª enquanto Xangai ficou em 19º, Abu Dhabi em 20º e Istambul em 29º.

Em relação a São Paulo e outras estrelas do mundo emergente, Joel diz que "enquanto estas áreas não desenvolverem infraestrutura adequada - de estradas, transporte e pontes até um sistema judiciário relativamente sem corrupção - nenhuma pode esperar entrar no top 10, ou mesmo top 20, pelo menos por uma década".

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