Colheita de soja: estimativa de uma safra recorde, se confirmada, representará um aumento de 6 por cento na comparação com a temporada anterior (Diego Giudice/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 17h03.
São Paulo - A consultoria Safras & Mercado estimou nesta sexta-feira a colheita de soja do Brasil em 2013/14 em 86,924 milhões de toneladas, ante 86,144 milhões de toneladas do relatório de fevereiro.
Essa estimativa de uma safra recorde, se confirmada, representará um aumento de 6 por cento na comparação com a temporada anterior, segundo a Safras, após o Brasil ter aumentado o plantio em 13/14.
A Safras não informou em relatório por que revisou a estimativa para cima, após ter cortado em quase 6 milhões de toneladas a sua projeção no levantamento divulgado em fevereiro, em relação ao de janeiro.
O Mato Grosso seguirá como líder no ranking de produção nacional, com safra estimada em 26,796 milhões de toneladas, aumento de 14 por cento na comparação anual, acrescentou a Safras.
No Paraná, segundo produtor brasileiro, a colheita está estimada em 14,798 milhões de toneladas, queda de 7 por cento sobre o ano passado, por conta dos efeitos da seca do início do ano.
A Safras estimou ainda as exportações de soja do Brasil em um recorde de 45 milhões de toneladas em 2014, avanço de 5 por cento sobre o ano anterior.
O esmagamento de soja deverá subir 4 por cento, passando para 37 milhões de toneladas.
A demanda total está projetada pela Safras em 85,050 milhões de toneladas, com incremento de 5 por cento.
Desta forma, os estoques finais deverão subir 140 por cento, para 3,389 milhões de toneladas.
A produção de farelo de soja foi prevista em 28,49 milhões de toneladas, com aumento de 4 por cento, com exportações crescendo 3 por cento, para 14 milhões de toneladas.
A produção de óleo de soja deverá crescer 4 por cento, atingindo 7,05 milhões de toneladas.
Com uma queda nas exportações de 11 por cento, para 1,25 milhão de toneladas de óleo, o Brasil elevará o volume para a produção de biodiesel para 2,1 milhões de toneladas, aumento de 5 por cento.
O consumo interno deve crescer 5 por cento para 5,76 milhões, contando o uso para o biocombustível.