Economia

Safra de grãos pode chegar a 238,3 milhões de toneladas, diz Conab

Segundo o órgão, mais de 80% da oleaginosa já foi plantada em Mato Grosso; Em 2017, a essa altura do ano, o volume era de 40,5%

Colheita de soja: (Paulo Whitaker/Reuters)

Colheita de soja: (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 12h13.

A safra de grãos 2018/2019 deverá atingir entre 233,7 e 238,3 milhões de toneladas, produção que representa um aumento entre 2,5 a 4,5% em relação ao período anterior. A estimativa foi divulgada hoje (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o órgão, mais de 80% da oleaginosa já foi plantada em Mato Grosso, devido ao aumento das chuvas na região. Em 2017, a essa altura do ano, o volume era de 40,5%. Com uma área que deve ficar entre 35,4 e 36,1 mil hectares, a produção de soja ficará entre 11,6 e 119,3 milhões de toneladas.

Quanto ao milho, a previsão é de uma colheita de 90 a 91 milhões de toneladas, rendimento obtido a partir de uma área que deve variar entre 16,7 e 16,8 mil hectares. À época do levantamento, a área destinada ao cereal já atingia, em Minas Gerais, 45% do total esperado e, no Rio Grande do Sul, 70,4%.

Segundo a Conab, é a nona vez que se registra a expansão da área dedicada ao plantio de grãos. "A soja é a principal cultura que puxa esse aumento de área, principalmente em área de fronteira agrícola", afirmou o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana. "Mas, ao plantar soja, isso puxa outras culturas também para o futuro. Milho, em primeira safra, também, em algumas regiões, tem aumentado área", acrescentou, esclarecendo que a segunda safra ainda precisa ser avaliada.

Algodão e feijão

Ao lado do milho e da soja, a lavra do algodão também tem prosperado, resultando em um incremento de sua área, que pode chegar a 1,4 milhão de hectares. Com a ampliação do perímetro, a expectativa é de uma colheita 16,7% maior do que a anterior, chegando a 2,3 milhões de toneladas.

O balanço da Conab aponta, ainda, para uma recuperação na área de plantio e na produção do feijão. Segundo os pesquisadores da instituição, a melhora se deve a um crescimento da plantação de feijão-caupi na primeira safra, principalmente na Bahia.

Segundo Cleverton Santana, a maior incidência de chuvas traz preocupação somente quanto às culturas de inverno, que ainda estão em colheita e que podem ter sua qualidade prejudicada. Na avaliação da Conab, mesmo com as adversidades, o trigo tende a apresentar um melhor desempenho na safra deste ano.

Acompanhe tudo sobre:AlgodãoConabGrãosMato GrossoMilhoSojaTrigo

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo