Economia

Safra de cana 2011/2012 deve ser 5,6% inferior à passada

O levantamento foi divulgado pela Conab, ligada ao Ministério da Agricultura

De acordo com a Conab, a queda na produção está relacionada à seca registrada no ano passado e à falta de chuva em maio deste ano (Nelson Almeida/AFP)

De acordo com a Conab, a queda na produção está relacionada à seca registrada no ano passado e à falta de chuva em maio deste ano (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 14h27.

Brasília – A safra de cana-de-açúcar 2011/2012 deve ser 5,6% menor do que a anterior. Deverão ser moídos 588,9 milhões de toneladas, ante os 623,9 milhões de toneladas na safra passada. O levantamento foi divulgado hoje (30) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura.

De acordo com a Conab, a queda na produção está relacionada à seca registrada no ano passado, à falta de chuva em maio deste ano e à geada registrada nos estados de São Paulo, Mato Grosso e do Paraná, além da falta de renovação dos canaviais.

Do total da safra a ser processada, 51,05% irão para a fabricação de mais de 23,6 bilhões de litros de etanol, sendo 14,5 bilhões para o tipo hidratado e 9,1 bilhões, de anidro. O restante servirá para a produção de 37,06 milhões de toneladas de açúcar, montante 2,88% inferior ao da safra passada.

A área para a plantação de cana-de-açúcar cresceu 4,7% e deve chegar a 8,43 milhões de hectares. O estado de São Paulo tem a maior porção, com 4,43 milhões de hectares, que correspondem a 52,6% da área total. Depois aparecem Minas Gerais, Goiás, o Paraná, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Pernambuco.

O governo anunciou ontem (29) a redução de 25% para 20% do percentual de álcool anidro misturado à gasolina. A medida começa a valer em 1º de outubro. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a diminuição visa a evitar desabastecimento no mercado por causa da atual safra da cana e da incerteza sobre os ciclos futuros.

"Temos que garantir o abastecimento olhando para este ano e para o próximo. Verificamos que a safra do próximo ano também não será muito melhor do que a atual, então temos que tomar providências desde logo para garantir o presente e o futuro. Essa é uma medida de precaução, uma segurança a mais”, disse o ministro.

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