Economia

S&P prevê que América Latina sofrerá recessão em 2016

A economia da América Latina recuará 0,2% em 2016, em vez de crescer 0,5% como havia sido previsto anteriormente, de acordo com a S&P

A sede da Standard & Poor's, em Nova York (EMMANUEL DUNAND/AFP)

A sede da Standard & Poor's, em Nova York (EMMANUEL DUNAND/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 19h31.

Nova York - A economia da América Latina recuará 0,2% em 2016, em vez de crescer 0,5% como havia sido previsto anteriormente. Segundo a nova estimativa, a contração do Brasil será de 3%, anunciou nesta sexta-feira a agência de classificação Standard & Poors (S&P).

A S&P justificou seu corte da projeção de crescimento deste ano para a região devido à "fraca perspectiva para o Brasil, onde a atual instabilidade política está acentuando as condições globais difíceis", segundo o economista-chefe para América Latina, Joaquín Cottani.

A agência também mencionou a "maior volatilidade dos mercados financeiros e uma maior queda nos preços das matérias-primas, em particular do petróleo", o que deteriorou a atividade econômica da região no último trimestre de 2015 e no início desse ano.

Para toda a região, a estimativa é uma recessão de 0,2% do PIB, em vez do crescimento de 0,5% projetado anteriormente.

Para o Brasil, espera-se uma forte contração de 3% na economia, em vez de 2%.

Para 2015, a S&P estima que América Latina sofreu uma recessão de 0,5% (em vez de 0,3% na projeção anterior), com o Brasil retrocedendo 3,6% (em vez de 3,2%).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou na semana passada que a região fechará 2016 com um recuo de 0,3%, em recessão pelo segundo ano consecutivo.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingAmérica LatinaRecessãoStandard & Poor's

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto