Economia

S&P garante que acusações dos EUA "não são corretas"

O governo americano anunciou hoje um processo contra a S&P por inflar deliberadamente as classificações de crédito para as CDO que envolviam um alto risco


	S&P: a entidade acrescenta que houve um "forte debate" interno sobre como a rápida deterioração do mercado financeiro nos Estados Unidos entre 2007 e 2008 poderia afetar os CDOs.
 (AFP/ Emmanuel Dunand)

S&P: a entidade acrescenta que houve um "forte debate" interno sobre como a rápida deterioração do mercado financeiro nos Estados Unidos entre 2007 e 2008 poderia afetar os CDOs. (AFP/ Emmanuel Dunand)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 16h32.

Nova York - A agência de classificação de risco Standard & Poor"s (S&P) garantiu nesta terça-feira que falta base no processo por fraude anunciado pelo Departamento de Justiça dos EUA contra a entidade e que "não são certas" as acusações de que a agência inflou as qualificações de certos produtos financeiros antes da crise de 2008.

"Nossas qualificações refletiram sempre o nosso melhor julgamento... Infelizmente, a S&P, assim como todos os demais, não conseguiu prever a velocidade e a severidade da crise e como esta afetaria a qualidade do crédito", disse a entidade em comunicado.

O governo americano anunciou hoje um processo contra a S&P por inflar deliberadamente as classificações de crédito para as CDO (instrumentos da dívida hipotecária securitizada) que envolviam um alto risco, no que considera uma fraude avaliada em mais de US$ 5 bilhões.

"Embora lamentemos profundamente que os CDOs de 2007 não renderam como se esperava, a visão em retrospectiva não constitui uma base para empreender uma ação legal contra as opiniões de boa fé de profissionais", afirmou a Standard & Poor"s.

A entidade acrescenta que houve um "forte debate" interno sobre como a rápida deterioração do mercado financeiro nos Estados Unidos entre 2007 e 2008 poderia afetar os CDOs.

Também acrescenta que o Departamento de Justiça escolheu, de acordo com a sua conveniência, e-mails internos e retirou de contexto alguns comentários incluídos neles.

"Quando se conhecerem nos tribunais todos os fatos, ficará claro que os e-mails e os relatos mencionados não provam nenhum delito", acrescentou a S&P, uma companhia do grupo McGraw-Hill.

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