Economia

Rússia ameaça incluir mais frigoríficos do Brasil na lista negra

Caso o Brasil não adote rapidamente garantias de controle efetivo sobre a qualidade da produção, mais três estados podem sofrer embargo

O Brasil é um dos principais fornecedores de carne à Rússia, com 45% bovina e 35% das importações de carne suína (Cláudio Rossi)

O Brasil é um dos principais fornecedores de carne à Rússia, com 45% bovina e 35% das importações de carne suína (Cláudio Rossi)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 12h47.

Moscou - A Rússia advertiu que ampliará a lista negra de empresas brasileiras que não podem exportar após a restrição imposta em 15 de junho, informam nesta quarta-feira a imprensa russa.

"Em caso de o Brasil não adotar com rapidez possível garantias de controle efetivo sobre a qualidade da produção destinada à Rússia, limitaremos as provisões (de várias empresas) de três estados (brasileiros) mais", declarou Sergei Dankvert, chefe da Inspeção Sanitária Agrícola da Rússia (Isar).

As titulares da Agricultura dos países vão abordar a situação durante uma cúpula agropecuária que ocorre em Paris, informa a agência russa "Interfax".

No início de junho, a Rússia anunciou que proibirá as importações de carne e produtos de carnes de 89 empresas de três estados brasileiros: Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.

A inspeção de carnes realizada neste ano no Brasil revelou inúmeras deficiências no funcionamento dos serviços veterinários do país, afirmou então Alexei Alexeyenko, o porta-voz da Isar.

As empresas sancionadas não realizaram nos últimos três anos comprovações da presença de mercúrio, pragas e dioxinas na produção, explicou Alexeyenko.

O Brasil é um dos principais fornecedores de carne à Rússia, com 45% bovina, 35% das importações de carne suína, e 19% da ave, pelos dados do Instituto de Marketing Agrícola de Rússia.

No momento do anúncio da proibição, 236 empresas brasileiras exportavam carne à Rússia.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaÁsiaComércioComércio exteriorEuropaRússia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto