Economia

Rússia ameaça cortar gás fornecido à Ucrânia em 3 de junho

Rússia cortará o fornecimento de gás para a Ucrânia em 3 de junho se Kiev não pagar dívida, segundo presidente da Gazprom


	Logo da Gazprom: dívida ucraniana está acumulada
 (Alexander Demianchuk/Files/Reuters)

Logo da Gazprom: dívida ucraniana está acumulada (Alexander Demianchuk/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 13h22.

Moscou - A Rússia cortará o fornecimento de gás para a Ucrânia em 3 de junho se Kiev não pagar a dívida acumulada pelo combustível, anunciou nesta segunda-feira o presidente da companhia Gazprom, Alexei Miller.

"A Gazprom apresentou a fatura antecipada do gás pelo mês de junho, como prevê o contrato. A parte ucraniana deverá pagar a provisão de junho antes do próximo dia 2. Se não houver pagamento, forneceremos à Ucrânia em junho zero metros cúbicos (de gás)", advertiu Miller.

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, ordenou que Miller "deixasse de ser babá" da Ucrânia e introduzisse a partir de amanhã, 13 de maio, o sistema de pagamento antecipado pelo gás russo.

"Acho que a Gazprom já fez todo o possível para tentar resolver a situação de outra maneira", disse o chefe do governo russo, e ressaltou que Kiev "tem dinheiro" para enfrentar a dívida com a companhia russa, que chega a quase US$ 3,5 bilhões.

Na reunião, que também contou com a participação do ministro da Energia, Aleksandr Novak, Medvedev advertiu que a Rússia fornecerá à Ucrânia "só o que for pago antecipado".

"Já não podemos aguentar mais. Se nos antecipam um euro, forneceremos um euro. Se nos derem um bilhão, será um bilhão", precisou.

Medvedev ressaltou que a Ucrânia "pode pagar tudo antes do fim de maio, só o necessário ou uma parte e começar a negociar com a Gazprom, demonstrar a vontade de pagar a dívida".

"Por enquanto, não vemos essa vontade por parte dos ucranianos, o que é uma lástima", criticou o primeiro-ministro russo.

Novak lembrou que a Ucrânia já recebeu o primeiro lance (US$ 3,2 bilhões) do empréstimo de US$ 17,1 bilhões dado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Medvedev espera que a União Europeia, "ouvida com tanta atenção (em Kiev), envie os sinais necessários às autoridades ucranianas e digam que devem pagar a dívida" pelo gás.

*Atualizada às 13h21 do dia 12/05/2014

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