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Rui Costa fala em dialogar com o mercado após dólar disparar: 'O que se cobrava foi 100% atendido'

Ministro da Casa Civil também criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Rui Costa critica Banco Central e fala sobre ajustes fiscais (José Cruz/Agência Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 28 de novembro de 2024 às 21h40.

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira, 28, que a equipe econômica do governo buscará mais diálogo com o mercado, que, segundo ele, deve se acalmar assim que as medidas de ajuste fiscal, apresentadas na quarta-feira, forem esclarecidas. O governo espera que, com isso, a instabilidade no mercado cambial, que tem sido marcada pela alta do dólar, seja minimizada.

Em sua fala, Rui Costa destacou que as demandas feitas ao governo para sanar as incertezas fiscais foram totalmente atendidas.

"O que se cobrava foi 100% atendido", afirmou o ministro, referindo-se às críticas sobre o desalinhamento entre a receita e a despesa pública.

Ele explicou que as novas medidas fiscais trazem previsibilidade para o médio e longo prazo, alinhando as despesas ao arcabouço fiscal do governo. [O que se dizia é que estava trazendo para valor presente uma incerteza futura] e, segundo Costa, isso foi resolvido.

Críticas ao presidente do Banco Central

O ministro também criticou duramente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cuja gestão à frente da autoridade monetária termina no dia 31 de dezembro. Rui Costa afirmou que o Brasil precisa de um Banco Central com "um olhar para o Brasil", e não com uma visão voltada para o exterior.

"Nós estamos em contagem regressiva, para ter um Banco Central que tenha um olhar para o Brasil, dirigido por quem mora no Brasil e não mora em Miami", afirmou, em uma clara alusão ao fato de Campos Neto despachar frequentemente de Miami.

Rui Costa acrescentou que o comportamento do atual presidente do Banco Central gerou uma sensação de instabilidade no país, afirmando que, na sua visão, a direção do BC tem agido politicamente para "boicotar" o governo. Ele ainda criticou o fato de Campos Neto frequentemente falar negativamente sobre o Brasil em palestras internacionais.

Indicação de novos diretores do BC

O ministro também revelou que o presidente Lula deve anunciar os nomes para as diretorias do Banco Central que ficarão vagas a partir de 31 de dezembro. As vagas são nas áreas de política monetária, regulação e relacionamento, cidadania e supervisão de conduta. Segundo Rui Costa, o presidente fará uma pequena cerimônia na próxima semana para a posse de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central.

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