Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston, discursa durante evento em Nova York, nos Estados Unidos (Keith Bedford/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 20h34.
O único dissidente na decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de dar início à redução do programa de compra de títulos no próximo mês disse que preferiria ter esperado até março, para ter garantia de que a recuperação econômica está caminhando com passos firmes.
Mas Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston, que votou contrariamente pela primeira vez desde 2007 na quarta-feira, ainda acredita que a economia vai melhorar e que o Fed acabará com compras de títulos em algum momento no fim de 2014.
"Minha esperança e expectativa era que até (a reunião do Fed em) março teríamos acumulado dados suficientes para que estivéssemos bastante confiantes de que chegaríamos ao crescimento de 3 por cento" necessário para promover emprego e inflação, disse Rosengren em entrevista por telefone à Reuters.
"Minha esperança é que ainda consigamos um resultado consistente com nosso duplo mandato, que é tentar conseguir pleno emprego e atingir a meta de inflação de 2 por cento tão rápido quanto possível", emendou.
O Fed deu início na quarta-feira à redução de uma era sem precedentes de expansão monetária, afirmando que a economia norte-americana finalmente está forte o suficiente para começar a diminuir o ritmo de compras mensais de títulos em 10 bilhões de dólares, a 75 bilhões de dólares, e sugeriu que o programa pode ser completamente encerrado antes do fim de 2014.
"Parece uma expectativa razoável neste momento", disse Rosengren sobre o cronograma do chairman, Ben Bernanke, para o processo. "Foi realmente uma dissidência sobre o momento da decisão."