Economia

Medidas do BC não devem elevar crédito no ano, diz Rosenberg

Rosenberg Associados avalia que as mudanças darão um "pequeno alívio", mas não devem elevar significativamente a concessão de crédito


	Sede do Banco Central, em Brasília
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Sede do Banco Central, em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 18h55.

Ribeirão Preto - A Rosenberg Associados avalia que as mudanças adotadas nesta sexta-feira, 25, pelo Banco Central nos depósitos compulsórios para ampliar a liquidez no mercado darão um "pequeno alívio", mas não devem elevar significativamente a concessão de crédito, ao menos até o final do ano. 

"As medidas podem, realmente, significar um pequeno alívio para o mercado de crédito, mas não alteram a percepção do cenário em termos de crescimento até o final do ano. Vale lembrar que o crédito deverá continuar seletivo e que o nível de endividamento das famílias continua elevado", informa a consultoria em relatório.

A Rosenberg Associados considera que as medidas ocorrem justamente após a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic em 11% ao ano, apontar que esse porcentual permanecerá estável em 2014.

"O Banco Central não deve mexer na taxa de juros tão cedo, porém está recorrendo às medidas macroprudenciais para prover algum alento ao mercado de crédito", informa.

"As medidas ocorrem em boa hora, mas, dada a conjuntura adversa para o consumo, deve ter impactos limitados".

Ainda segundo a consultoria, os ajustes para tentar elevar a liquidez no mercado especialmente podem destravar o crédito com recursos livres, cujo saldo em termos reais vinha em queda na comparação com igual período do ano.

"Além do que, nos últimos meses, tivemos uma elevação da inadimplência, o que deve manter elevada a seletividade na concessão", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBancosCréditoFinançasMercado financeiroPolítica monetária

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo