Economia

Rodovias federais receberão R$ 70 bi em 5 anos, diz Coutinho

Coutinho participou da 32º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) e falou sobre infraestrutura e logística


	Luciano Coutinho, presidente do BNDES: para Coutinho, modelo de concessão para iniciativa privada é uma forma de concretizar projetos, que serão financiados pelo banco
 (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Luciano Coutinho, presidente do BNDES: para Coutinho, modelo de concessão para iniciativa privada é uma forma de concretizar projetos, que serão financiados pelo banco (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 19h26.

Rio de Janeiro – Nos próximos cinco anos, vão ser investidos R$ 70 bilhões para a melhoria e modernização das rodovias federais, disse hoje (22) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Ele participou da 32º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) e falou sobre infraestrutura e logística. Segundo ele, os R$ 70 bilhões são referentes apenas aos projetos federais.

“O Brasil precisa ampliar muito. Este é o número que nós temos hoje no nosso radar, e não estão incluídos os investimentos dos estados, de maneira que eu acredito que o volume de investimento em rodovias nesses cinco anos será superior a esse montante”, disse.

O presidente do BNDES disse ainda que no dia 18 de setembro haverá o primeiro leilão para concessão das rodovias que serão duplicadas e que até o fim do ano serão leiloados cinco grupos de rodovias, três aeroportos, incluindo o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, terminais e novos portos. E no primeiro semestre do ano que vem começam os leilões das ferrovias.

Na avaliação de Luciano Coutinho, o modelo de concessão para a iniciativa privada é uma forma de concretizar os projetos, que serão financiados pelo banco. “O fato de que esses projetos estão entregue à inciativa privada é uma garantia de exequibilidade e de execução. A opção estratégica de que o desenvolvimento da logística seja capitaneada pelo setor privado foi feita com a perspectiva que, desta vez, esse ciclo de investimento será transformador e reestruturador dos fundamentos da nossa política de logística”.

Em sua apresentação, ele informou também que a participação do BNDES no financiamento à infraestrutura passou de 18,4% em 2003 para 35,4% em 2012, com pico de 43,7% em 2009, ano da crise econômica mundial. A maior participação é na área de hidrelétrica, seguida de energias alternativa, transmissoras, portos e armazéns.

Segundo Coutinho, a parte de logística vai representar 37% das perspectivas de investimento em infraestrutura, com R$ 179,2 bilhões entre 2013 e 2016. Serão R$ 68,7 bilhões em rodovias, R$ 76,9 bilhões em ferrovias, R$ 24,4 bilhões em portos e R$ 9,2 bilhões em aeroportos. No mesmo período, o setor de eletricidade vai receber R$ 166 bilhões em investimentos, as telecomunicações R$101,8 bilhões e o saneamento fica com R$ 42,4 bilhões.

O presidente do BNDES destacou que os investimentos em logística e infraestrutura são fundamentais para o crescimento do país, e que o aumento de 1% na disponibilidade de recursos de infraestrutura adiciona 0,5 ponto percentual ao Produto Interno Bruto (PIB) potencial.

“De fato nós precisamos ampliar muito a capacidade logística brasileira, com rodovias adequadas, modernas, com condições de segurança e trafegabilidade, de maneira a colaborar a tornar os custos mais baixos. Depois complementar isso também com o sistema ferroviário e portuário eficiente, isso tudo está em marcha, e nos próximos anos vamos assistir a uma verdadeira revolução no sistema logístico brasileiro”.

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