Economia

Abertura comercial não mudou tanto desde a crise de 2008

Para Roberto Azevêdo, eleito diretor-geral da OMC, não há porque imaginar que uma negociação hoje é impossível quando ela era possível antes de 2008


	Roberto Carvalho de Azevêdo: “temos que trazer a percepção para o real, e o real é de que o mundo não mudou tanto, não há motivos para sermos tão pessimistas assim"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Roberto Carvalho de Azevêdo: “temos que trazer a percepção para o real, e o real é de que o mundo não mudou tanto, não há motivos para sermos tão pessimistas assim" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 14h38.

São Paulo - Roberto Carvalho de Azevêdo, diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) eleito pensa que as dificuldades que existem hoje para a OMC são as que existiam antes, “não houve uma modificação extraordinária do grau de abertura e relação comercial entre os países”, afirmou em conversa com jornalistas no evento “Novo momento no Comércio Mundial”, realizado pelo jornal Valor Econômico em São Paulo.

O impacto comercial de todas as medidas restritivas ao comércio impostas por países do G20 dede 2008 foi de 0,2% do comércio intra-G20, segundo Azevêdo. Essas medidas restritivas não mudaram a cara a do mundo - o mundo não mudou tão significativamente assim em termos de abertura comercial desde que a crise eclodiu em 2008, segundo o diplomata. “Não há porque imaginarmos que uma negociação hoje é impossível quando ela era possível antes de 2008. Se era possível antes de 2008, hoje também é”, disse Azevêdo.

Para o diplomata, o fato é que não houve uma mudança real nas relações comerciais, o que é diferente da percepção de que o protecionismo mudou. “Temos que trazer a percepção para o real - e o real é de que o mundo não mudou tanto, não há motivos para sermos tão pessimistas assim, acho que temos que ser mais realistas, mais pragmáticos e pautar nossas ambições pelo que é possível e não pelo que é desejável”, afirmou. 

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorOMC – Organização Mundial do ComércioProtecionismo

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto