O grupo educação, que recebeu influências de reajustes das mensalidades de cursos em fevereiro, sofreu inflação de apenas 0,54% no mês passado (Kiko Ferrite/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2012 às 10h35.
Rio de Janeiro – A redução do ritmo da alta de preços na área de educação em março deste ano foi a principal influência para a queda da taxa de inflação oficial (IPCA) de 0,45% em fevereiro para 0,21% em março deste ano.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo educação, que recebeu influências de reajustes das mensalidades de cursos em fevereiro, havia tido uma inflação de 5,62% em fevereiro. Já em março, a inflação deste grupo foi de apenas 0,54%.
“A alta sazonal da educação ficou concentrada em fevereiro. Em março, ficou apenas uma alta residual na cidade de Fortaleza”, disse a coordenadora de Índices de Preços, Eulina Nunes dos Santos.
A queda da inflação foi percebida em quase todos os setores, com exceção de alimentos e transportes: habitação (caiu de 0,6% em fevereiro para 0,48% em março), artigos de residência (de 0,06% para -0,4%), vestuário (de -0,23% para -0,61%), saúde e cuidados pessoais (de 0,70% para 0,38%), despesas pessoais (de 0,88% para 0,55%) e comunicação (de -0,17% para -0,36%).
Já os alimentos tiveram alta na taxa, de 0,19% em fevereiro para 0,25% em março. Em transportes, a inflação passou de -0,33% para 0,16%.
Segundo o IBGE, apesar da queda da inflação em educação de fevereiro para março, este segmento tem apresentado taxas superiores à média do IPCA nos últimos anos. No ano passado, enquanto o IPCA registrou taxa de 6,5%, a inflação da educação foi 8,06%. Neste primeiro trimestre, a educação teve alta de preços de 6,6%, enquanto o IPCA foi 1,22%.