Economia

Ritmo do aumento da demanda de empresas por crédito diminui no primeiro semestre

Indicador do Serasa Experian apontou aumento de 1,5% no primeiro semestre deste ano, inferior ao crescimento de 9,4% no mesmo período do ano passado

A menor velocidade de crescimento da demanda das empresas por crédito em 2011 é reflexo das sucessivas elevações da taxa básica de juros, segundo Serasa (Marcelo Calenda/EXAME.com)

A menor velocidade de crescimento da demanda das empresas por crédito em 2011 é reflexo das sucessivas elevações da taxa básica de juros, segundo Serasa (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 11h33.

São Paulo - A quantidade de empresas que procuraram crédito aumentou 1,5%, no primeiro semestre deste ano, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito. O resultado mostra redução do ritmo de aumento da procura na comparação com igual período do ano passado, quando a demanda havia crescido 9,4%, e também em relação ao segundo semestre de 2010 (5,8%).

De maio para junho deste ano, a demanda caiu 3,1%. Em junho, houve uma alta de 3,6% na comparação com mesmo mês do ano passado.

Em comunicado, a empresa de consultoria Serasa Experian diz que a menor velocidade de crescimento da demanda das empresas por crédito em 2011 é “reflexo tanto da sucessivas elevações da taxa básica de juros, resultando no encarecimento do custo do crédito, quanto do próprio processo de desaceleração do ritmo de crescimento econômico, o qual deverá se intensificar ao longo do segundo semestre do ano'”.

O levantamento aponta que, de janeiro a junho, as empresas de grande porte foram as que mais buscaram crédito, com aumento de 2,5% sobre o primeiro semestre de 2010. As micro e pequenas empresas elevaram a procura em 1,6% e, no caso das médias, houve um recuo de 0,7%.

Segundo os analistas da Serasa, as empresas de médio porte concentram negócios para exportação e estão sendo afetadas pelo cenário desfavorável nas vendas externas. Eles acrescentaram ainda que “as instabilidades da economia global estimularam as grandes empresas a buscar recursos no mercado doméstico”.

Apenas na Região Norte do país as empresas reduziram a procura, com variação de – 2,5% ante o primeiro semestre de 2010. O Sul liderou a demanda, com aumento de 2,9%, seguido pelo Sudeste (1,7%); Centro-Oeste (1,3%) e Nordeste (0,7%).

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