Economia

Risco de déficit de energia recua em março, afirma ministro

O risco de déficit de energia no sistema Sudeste/Centro-Oeste caiu de 6,1% no começo de março para 4,9% agora


	Eduardo Braga: para a região Nordeste, o risco de falta de energia continuou em 1,2%
 (Antonio Cruz/ABr)

Eduardo Braga: para a região Nordeste, o risco de falta de energia continuou em 1,2% (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 11h32.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, 8, em audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, que o risco de déficit de energia no sistema Sudeste/Centro-Oeste caiu de 6,1% no começo de março para 4,9% agora.

Os dados geralmente são apresentados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reunirá na tarde de hoje.

Para a região Nordeste, o risco de falta de energia continuou em 1,2%, segundo o ministro. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) admite um risco de déficit de até 5%.

"Isso é para mostrar que o sistema elétrico está com níveis bem melhores do que entramos em janeiro de 2015, quando diversos especialistas diziam que nosso sistema não seria capaz de vencer o desafio", disse Braga, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Ao apresentar dados do setor, o ministro citou a entrada de 1.500 megawatts novos no parque nacional de geração entre janeiro e março deste ano. Ele também mostrou tabelas com dados sobre a situação dos reservatórios das hidrelétricas em 2001 e 2015.

"Mesmo com volume de água em reservatórios menor do que em 2001, temos condições de garantir a oferta de energia. E aumentamos muito a capacidade de transmissão entre as regiões do País. Isso permite que volumes de energia sejam transferidos entre as regiões que têm ritmos hidrológicos distintos, ao contrário do que acontecia em 2001", completou.

Energia solar

Segundo o ministro, a geração de energia solar por meio de painéis instalados sobre flutuadores em reservatórios de hidrelétricas pode ser usada como "hedge" em momentos de menor quantidade de água disponível.

"Com isso, aproveitaríamos linhas de transmissão e subestações existentes. A tecnologia existe há três anos e estamos fazendo testes e estudos", afirmou, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Depois de apresentar experiências internacionais, ele confirmou que a primeira usina brasileira que deve utilizar essa alternativa será a de Balbina, no Amazonas, um exemplo clássico de hidrelétrica de baixa eficiência, uma vez que gera pouca energia em relação ao tamanho da área de floresta alagada.

"Já a usina de Sobradinho (BA) poderia ser usada também porque extensão do reservatório é gigantesca. Se usarmos 1% da superfície para geração solar, será equivalente à energia gerada por uma nova usina, aproveitando equipamentos existentes e sem a necessidade de novas licenças ambientais para um novo empreendimento", completou.

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