"As forças para um grande estímulo são bastante limitadas", disse o economista chefe da Rio Tinto (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h44.
Melbourne/Sidney - A iminente mudança de liderança na China não deve trazer novas medidas para estimular a economia em breve, de acordo com a mineradora Rio Tinto, que vende dezenas de milhões de toneladas de minério de ferro, cobre e carvão para o país asiático anualmente.
"As forças para um grande estímulo são bastante limitadas", disse o economista chefe da Rio Tinto, Vivek Tulpule, a repórteres.
Medidas de estímulo anteriores ajudaram a elevar os preços do minério de ferro e do carvão para níveis recordes. Isso gerou um lucro crescente para a Rio Tinto e outras mineradoras como BHP Billiton e Xstrata.
Desde então, a China enfrenta uma desaceleração econômica por sete trimestres consecutivos, sendo que 2012 deve ser o ano mais fraco em termos de crescimento desde 1999, mesmo que a um ritmo de 7,7 por cento, índice invejado pelas economias desenvolvidas.
A Rio Tinto espera que o crescimento da China suba para pelo menos 8 por cento em 2013 e fique em uma média de 8 a 9 por cento até 2015, uma visão mais otimista do que a das principais concorrentes da mineradora.
Em comparação, a mineradora Vale prevê um crescimento entre 6 e 7 por cento por ano para a China até o fim da década.