Economia

Receita descarta saco de maldades sobre aumento de tributos

Luiz Fernando Teixeira Nunes que as medidas de aumento de tributos estão "em análise superior"


	Carro com logo da Receita Federal: coordenador de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Rodrigues, negou que as medidas sejam um "saco de maldades"
 (Arquivo/Contigo)

Carro com logo da Receita Federal: coordenador de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Rodrigues, negou que as medidas sejam um "saco de maldades" (Arquivo/Contigo)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 13h21.

Brasília - A Receita Federal informou que as medidas de aumento de tributos estão "em análise superior" e negou que se trata de um "saco de maldades" para elevação da carga tributária no País. "O ministro da Fazenda (Guido Mantega) já afirmou que existem algumas medidas, mas o órgão não quer antecipar medidas, porque estão sob estudo e gera grau de ansiedade excessivo", afirmou o secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes.

Questionado sobre se as medidas são impopulares, levando em conta o contexto de ano eleitoral, Teixeira respondeu: "Não sei dizer se são populares ou não, porque nosso trabalho é propor as medidas." Ele acrescentou que a análise de conveniência e custo político deve ser feita e está sendo feita.

O coordenador de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Rodrigues, negou que as medidas sejam um "saco de maldades". "Não existe saco de maldades. Existe correção de assimetrias que identificamos no sistema. O dinamismo da economia não é o mesmo dinamismo das modificações legislativas. Evidentemente que as mudanças no cenário econômico chegam primeiro que as legislativas."

"Sempre que se fala que vai propor medidas se associa à elevação tributária, mas não é isso. É redução das assimetrias, dos tratamentos anti isonômicos e distribuição equitativa da carga tributária", disse. "Cabe à área de estudos identificar as distorções e assimetrias do sistema tributário e propor correções. Quando falamos em distorções e assimetria é porque nosso sistema é impactado pela mudança do cenário econômico mundial", justificou Rodrigues, acrescentando que países passaram a demandar menos commodities e a ter novas relações comerciais.

Acompanhe tudo sobre:Carga tributáriaImpostosLeãoPolítica fiscalreceita-federal

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta