Economia

Rever privatização da Eletrobras é preocupante, diz Arthur Lira

Antes da venda, empresa prestava serviço de ‘péssima qualidade’, afirma o presidente da Câmara

Lira argumenta que antes da privatização a Eletrobras não tinha capital suficiente para investimento e prestava serviço de “péssima qualidade” (Lula Marques/Agência Brasil)

Lira argumenta que antes da privatização a Eletrobras não tinha capital suficiente para investimento e prestava serviço de “péssima qualidade” (Lula Marques/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 8 de maio de 2023 às 11h39.

Última atualização em 8 de maio de 2023 às 11h50.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de questionar a privatização da Eletrobras causa uma “preocupação muito forte”.

— Essas questões de rever privatização preocupam. Você pode até não privatizar mais, não propor nenhuma privatização, mas mudar um quadro que já está jogado e definido, e com muitas pessoas e com muitos grupos e com muitos países investindo, realmente causa ao Brasil uma preocupação muito forte — disse, em entrevista à CNN Brasil.

AGU

No final da última semana, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que questiona trechos da privatização da Eletrobras. A AGU tenta aumentar o poder do governo sobre a empresa, hoje limitado a 8% — a União tem 43% das ações.

Lira argumenta que antes da privatização a Eletrobras não tinha capital suficiente para investimento e prestava serviço de “péssima qualidade”. Para ele, a decisão do Congresso na desestatização foi acertada. A empresa foi vendida no ano passado.

O presidente Lula, em visita a Londres durante a coroação do Rei Charles III, voltou a criticar o processo de privatização da empresa e disse que pretende entrar com uma nova ação questionando a capitalização da antiga estatal.

A privatização da empresa foi feita pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o processo foi finalizado em 2022. Sem perspectiva de aprovação de alguma mudança no Congresso, o governo está buscando alterações no judiciário

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