Washington - Os potenciais desafios derivados da baixa inflação na zona do euro, e as críticas ao atraso da reforma do sistema de cotas pelos EUA foram os principais temas da assembleia de metade de ano do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) que terminou neste sábado.
'O BCE manteve condições monetárias expansivas e deveria considerar mais ações se a baixa inflação persistir', apontou o comunicado do Comitê Financeiro e Monetário do organismo internacional na conclusão de sua reunião de metade de ano.
Durante a semana de conferências e relatórios, o FMI remarcou os efeitos negativos que poderia ter a baixa inflação, ao reduzir a demanda e a produção, em uma recuperação econômica ainda frágil na zona do euro.
O último dado do índice de preços na zona do euro de março se situou em uma taxa anual de 0,5%, muito abaixo do objetivo do BCE de 2%.
O próprio presidente do BCE, Mario Draghi, reiterou em sua participação nas reuniões em Washington que o organismo reitor da política monetária na zona do euro 'mantém sua determinação para atuar rapidamente se for necessário' e que 'não exclui medidas adicionais de expansão monetária'.
Entre elas, são ventiladas 'medidas não convencionais' como os programas de compra de bônus e injeções de liquidez similares às aplicadas pelo Federal Reserve (Fed) nos EUA
Também as políticas do Fed, cujo programa de estímulo monetário já começou a dar marcha ré por conta da melhoria nos EUA, foi objeto de análise pelos líderes econômicos congregados na capital americana.
Por isso, o FMI recomendou que as medidas de política monetária nas economias avançadas devem ser 'cuidadosamente calibradas e claramente informadas', ao apontar suas possíveis consequências nos mercados emergentes que encararão 'condições de financiamento externa menos favoráveis'.
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1. 1. Austrália
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1/20 (Todd Warshaw/Getty Images)
Nota: 66,5 Posição no ranking anterior: 7º Destaque (nota acima de 66): Risco legal e regulatório Fraqueza (nota abaixo de 33): Porcentagem da população abaixo dos 30 anos
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2. 2. Chile
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2/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 64,5 Posição no ranking anterior: 11º Destaque (nota acima de 66): Política em relação à iniciativa privada e competição Fraqueza (nota abaixo de 33): Assinantes de banda larga por 100 habitantes
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3. 3. China
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3/20 (Getty Images)
Nota: 62,7 Posição no ranking anterior: 20º Destaque (nota acima de 66): Crescimento da produtividade do trabalho Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do valor do índice do mercado de ações
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4. 4. Nova Zelândia
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4/20 (Getty Images)
Nota: 62,6 Posição no ranking anterior: 13º Destaque (nota acima de 66): Expectativa de vida escolar Fraqueza (nota abaixo de 33): Pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do PIB
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5. 5. Canadá
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5/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 62,3 Posição no ranking anterior: 16º Destaque (nota acima de 66): Assinantes de banda larga por 100 habitantes Fraqueza (nota abaixo de 33): Valor de fusões e aquisições internas
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6. 5. Finlândia
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6/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 62,3 Posição no ranking anterior: 2º Destaque (nota acima de 66): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento da produtividade do trabalho
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7. 7. Cingapura
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7/20 (Suhaimi Abdullah/Getty Images)
Nota: 61,9 Posição no ranking anterior: 1º Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do investimento direto interno
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8. 8. Israel
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8/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 61,8 Posição no ranking anterior: 8º Destaque (nota acima de 66): Investimento em pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento per capita do consumo privado
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9. 10. Noruega
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9/20 (Getty Images)
Nota: 60,9 Posição no ranking anterior: 14º Destaque (nota acima de 66): Impostos sobre corporações Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do gasto em tecnologia da informação
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10. 11. Estados Unidos
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10/20 (Getty Images/Scott Olson)
Nota: 60,5 Posição no ranking anterior: 20º Destaque (nota acima de 66): Valor das fusões e aquisições internas Fraqueza (nota abaixo de 33): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB
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11. 13. Malásia
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11/20 (Lam Yik Fei/Bloomberg)
Nota: 59,5 Posição no ranking anterior: 24º Destaque (nota acima de 66): Crescimento real do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Assinantes de banda larga por 100 habitantes
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12. 13. Coreia do Sul
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12/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 59,5 Posição no ranking anterior: 6º Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Qualidade do sistema regulatório financeiro
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13. 15. Japão
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13/20 (Keith Tsuji/Getty Images)
Nota: 58,8 Posição no ranking anterior: 25º Destaque (nota acima de 66): Crescimento do investimento direto interno Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do valor do índice de mercado de ações
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14. 16. Hong Kong
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14/20 (Ronald Martinez/Getty Images)
Nota: 58,4 Posição no ranking anterior: não estava Destaque (nota acima de 66): Estabilidade política Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento na taxa de assinantes de banda larga
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15. 17. Alemanha
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15/20 (Adam Berry/Getty Images)
Nota: 57,9 Posição no ranking anterior: 9º Destaque (nota acima de 66): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Peso dos impostos corporativos
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16. 18. Taiwan
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16/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 57,7 Posição no ranking anterior: 12º Destaque (nota acima de 66): Acesso das firmas ao capital de médio prazo Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento da produtividade do trabalho
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17. 19. Tailândia
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17/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 56,4 Posição no ranking anterior: não estava Destaque (nota acima de 66): Crescimento real do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB
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18. 20. Áustria
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18/20 (Getty Images)
Nota: 55,9 Posição no ranking anterior: 5º Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Porcentagem da população abaixo dos 30 anos
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19. 42. Brasil
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19/20 (Flickr upload bot / Wikimedia Commons)
Nota: 47,9 Posição no ranking anterior: 31º Destaque (nota acima de 66): Qualidade do sistema regulatório financeiro Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do consumo privado per capita
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20/20 (REUTERS/Stringer)
Os mercados emergentes viram diminuir ligeiramente suas economias, após vários anos sendo os motores da economia global perante a recessão dos países avançados, embora ainda seja previsto o crescimento de taxas saudáveis.
Após confirmar que a economia global 'saiu do buraco' produzido pela crise de 2008, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde apontou em entrevista coletiva que o desafio agora é consolidar o crescimento global que ainda qualificou de 'frágil'.
O outro grande tema tanto da reunião do FMI, como do encontro paralelo de ministros de Economia do G20, foi a incapacidade mostrada pelos EUA para tirar adiante a reforma de cotas da instituição internacional, ao ser o único país que ainda não a ratificou.
Neste sentido, o presidente do Comitê Internacional Financeiro e Monetário, o ministro cingapuriano Tharman Shanmugaratnam, assegurou que a reforma de cotas, que envolve outorgar mais peso aos países emergentes, é nossa 'prioridade principal' e pediu aos EUA que ratifiquem esta reforma 'o mais rápido possível'.
Shanmugaratnam ressaltou que se Washington não adotar esta medida como o maior contribuinte do FMI, 'afetaria o sistema multilateral' e marcou como limite até o final deste ano para desenhar alternativas se o Congresso dos EUA seguir sem aprová-la.
Finalmente, as tensões geopolíticas após a anexação da Crimeia à Rússia, e suas possíveis consequências econômicas, não passaram despercebidas no encontro.
Lagarde assinalou que espera que o pacote de assistência financeira a Kiev por parte do Fundo, sobre o qual se chegou um princípio de acordo de entre US$ 14 e 18 bilhões, esteja pronto para final de abril ou começo de maio.
Por sua parte, o secretário do Tesouro de EUA, Jack Lew aproveitou a ocasião para se reunir com seu colega russo Anton Siluanov e transmitir que Washington está preparado para impor 'sanções adicionais significativas' a Moscou se continuar uma 'escalada' da situação na Ucrânia.