Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, a maior usina da Cesp: o valor proposto pelo governo federal pela usina foi de R$ 1,74 bilhão, metade do valor calculado pela Cesp, de R$ 3,4 bilhões (CESP/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2013 às 14h32.
São Paulo - O impasse acerca da indenização a ser paga pelo governo federal ao governo de São Paulo pela usina hidrelétrica de Três Irmãos, de controle da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), deve ter um novo capítulo em um prazo de até uma semana.
A projeção foi feita pelo secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, após revelar que a primeira reunião entre a Cesp, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será realizada nesta segunda-feira, 14.
"Esperamos que em uma semana a gente tenha o número deles bem apurado e, então, que eles nos paguem", disse o secretário, que participou de um encontro na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O impasse a respeito da indenização por Três Irmãos teve início no processo de redução de tarifas proposto pelo governo federal e duramente criticado por Aníbal. O valor proposto pelo governo federal pela usina foi de R$ 1,74 bilhão, metade do valor calculado pela Cesp, de R$ 3,4 bilhões.
Quando somados os valores projetados pelas usinas de Ilha Solteira e Jupiá, os ativos não remunerados da Cesp somariam R$ 7,2 bilhões, segundo cálculos da própria companhia.
"Nós temos o nosso preço. E qual é o deles? O importante é que finalmente eles vão abrir o preço deles", disse Aníbal. Na semana passada, um encontro com as principais lideranças do setor, incluindo o ministro Edison Lobão, destacou a importância de definição do tema.
O leilão da usina Três Irmãos, que o governo paulista condiciona à definição do valor da indenização, está previsto para o início do próximo ano.