PIB: pouco mais de um ano atrás, na primeira Focus de 2015, os especialistas consultados pelo BC acreditavam que haveria crescimento este ano, de 1,80% (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 14h07.
Brasília - As projeções do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano seguem no terreno negativo, e as para 2017 mostram uma expectativa de recuperação cada vez menor.
A mediana das estimativas no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 25, pelo Banco Central, foi ajustada de -2,99% para -3,00% para 2016 - há quatro semanas, a aposta era de uma queda menor, de 2,81%.
Pouco mais de um ano atrás, na primeira Focus de 2015, os especialistas consultados pelo BC acreditavam que haveria crescimento este ano, de 1,80%.
Já para 2017, a expectativa é mais otimista, de expansão de 0,80%. Vale lembrar, no entanto, que uma semana antes, a mediana estava em alta de 1,00%, o mesmo patamar visto um mês atrás.
As mudanças na Focus ocorreram depois que o Fundo Monetário Internacional (FM) apresentou fortes mudanças para baixo para a atividade no País. As alterações foram consideradas "significativas" pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
A produção industrial segue como principal setor responsável pelas previsões para o PIB em 2016 e 2017.
No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de baixa de 3,57% para este ano ante -3,47% prevista na semana passada.
Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas já estava em -3,50%. Para 2017, as apostas são de expansão de 1,50% para a indústria - na semana passada, a mediana estava em 1,80% e, quatro semanas antes, em 1,98%.
Os economistas ajustaram ainda suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2016, a mediana das previsões saiu de 39,75% para 40,20%. Quatro semanas antes estava em 40,00%.
No caso de 2017, as expectativas saíram de 41,40% para 42,20% - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 41,03%.