Economia

Retração do PIB em 2016 passa de 2,95% para 2,99%

A mediana das estimativas no Relatório Focus ficou em -2,99% para 2016 ante taxa de -2,95% apontada no levantamento anterior


	PIB do Brasil: a mediana das estimativas no Relatório Focus ficou em -2,99% para 2016 ante taxa de -2,95% apontada no levantamento anterior
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

PIB do Brasil: a mediana das estimativas no Relatório Focus ficou em -2,99% para 2016 ante taxa de -2,95% apontada no levantamento anterior (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 13h47.

Brasília - As projeções do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano seguem no terreno negativo, mas as de 2017 mostram alguma expectativa de recuperação, ainda que não seja tão forte.

A mediana das estimativas no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 11, pelo Banco Central, ficou em -2,99% para 2016 ante taxa de -2,95% apontada no levantamento anterior

Há quatro semanas, a aposta era de uma queda menor, de 2,67%. Um ano atrás, os especialistas consultados pelo BC acreditavam que haveria crescimento este ano, de 1,80%.

Já para 2017, a expectativa é mais otimista, de expansão de 0,86%. Mesmo assim, está menor do que a taxa mediana de 1,00% calculada na edição anterior. Quatro semanas atrás, a mediana das projeções de crescimento do PIB no ano que vem também era de 1,00%.

A produção industrial segue como principal setor responsável pelas previsões para o PIB em 2016 e 2017. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de baixa de 3,45% para este ano ante -3,50% prevista na semana passada.

Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas estava em -3,45%. Para 2017, as apostas são de expansão de 1,98% para a indústria - na semana passada, a mediana estava em 2,00% e quatro semanas antes, em 1,75%.

Os economistas também ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2016, a mediana das previsões saiu de 40,00% para 39,30%.

Quatro semanas antes estava em 40,40%. No caso de 2017, as expectativas se mantiveram em 41,40% - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 41,05%.

Superávit comercial

Depois de registrar o primeiro déficit em 14 anos em 2014 e surpreender positivamente na reta final do ano passado, a balança comercial deverá encerrar este ano e o próximo com superávit de US$ 35 bilhões.

De acordo com o Relatório Focus, a projeção para 2016 já estava em US$ 35 bilhões na semana passada - há um mês, a previsão era de um saldo positivo em US$ 31,44 bilhões. Para 2017, a estimativa anterior também era de um superávit de US$ 35 bilhões e a de quatro semanas atrás, de US$ 34,09 bilhões.

Transações correntes

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro ajustou a mediana para 2016 de um déficit de US$ 38,50 bilhões na pesquisa passada para US$ 38,00 bilhões no levantamento de hoje - quatro semanas antes, estava em US$ 39,52 bilhões. Já para 2017, a perspectiva é de um rombo de US$ 32 bilhões, volume que se manteve da edição anterior.

Quatro meses atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 35 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será insuficiente para cobrir esse resultado deficitário em 2016, já que a mediana das previsões para esse indicador segue em US$ 55,00 bilhões pela quarta semana consecutiva.

Para 2017, a perspectiva também é de um volume de entradas de US$ 60 bilhões em IDP, montante apontado pelo mercado há 13 semanas seguidas.

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