Economia

Retração do PIB em 2015 passa de 3% para 3,02%, afirma Focus

O PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014


	Focus: o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014
 (Bruno Domingos/Reuters)

Focus: o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014 (Bruno Domingos/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 08h55.

Brasília - O Relatório de Mercado Focus trouxe mais revisões para o Produto Interno Bruto (PIB) deste e, principalmente, do próximo ano. De acordo com o documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 26, pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 3,00% para 3,02% - um mês antes estava em queda de 2,80%.

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,22% para -1,43%. Quatro semanas atrás estava negativa em 1,00%.

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% a estimativa para a retração econômica deste ano.

No caso da produção industrial, não houve mudanças nas previsões para 2015 (a mediana das expectativas seguiu em baixa de 7,00%), mas a mediana das estimativas para 2016 passou de -1,00 para -1,50%. Há quatro semanas, as medianas destas previsões eram de, respectivamente, -6,65% e -0,60%.

Já a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas passou por ajustes. Para 2015, subiu de 35,65% para 35,85% - quatro edições antes estava em 36,10%. Para 2016, a taxa foi mantida em 39,20% - um mês antes estava em 39,35%.

Superávit comercial

O Relatório Focus mostra, ainda, que a mediana das estimativas para o superávit da balança comercial de 2015 subiu de US$ 13,20 bilhões para US$ 14 bilhões de uma semana para outra. Quatro boletins atrás, estava em US$ 11 bilhões. Para 2016, o ponto central da pesquisa passou de US$ 25 bilhões para US$ 26,30 bilhões de uma semana para outra - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 23,50 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro fez alterações menores desta vez: a expectativa de um déficit de US$ 65,00 bilhões foi mantida (quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 70 bilhões) e, para 2016, a perspectiva de saldo negativo saiu de US$ 47,75 bilhões para US$ 46,35 bilhões - um mês antes estava em US$ 55 bilhões.

Com esse movimento de redução, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo já poderá cobrir integralmente o resultado deficitário em 2016, como já prevê o Banco Central para este ano. Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril.

A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) foi mantida tanto no caso de 2015 (US$ 62,50 bilhões) quanto no de 2016 (US$ 60 bilhões). Quatro semanas antes, essas medianas eram de US$ 65 bilhões e de US$ 62,30 bilhões, respectivamente.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto