Economia

Retração do PIB em 2015 passa de 2,85% para 2,97%, diz Focus

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,00% para -1,20. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,60%


	Boletim Focus: para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,00% para -1,20. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,60%
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Boletim Focus: para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,00% para -1,20. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,60% (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 10h11.

Brasília - O Relatório de Mercado Focus mostrou nesta terça-feira, 13, mais uma queda forte das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB)

De acordo com o documento divulgado pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,85% para 2,97% - um mês antes estava em queda de 2,55%.

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,00% para -1,20. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,60%.

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre e 1,9% ante o mesmo período de 2014.

No Relatório Trimestral de Inflação de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

Depois da melhora na semana passada, o boletim Focus de hoje trouxe uma forte deterioração da projeção para a produção industrial, que saiu de uma baixa de 6,50% para um recuo de 7,00%. O mesmo ocorreu com a perspectiva para 2016: a mediana das estimativas passou de uma queda de 0,29% para uma baixa de 1,00%. Há quatro semanas, as medianas destas previsões eram de, respectivamente, -6,20% e +0,50%.

Para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas também passou por ajustes.

Para 2015, caiu de 36,00% para 35,90% - quatro edições antes estava em 36,20%. Para 2016, a taxa saiu de 39,35% para 39,50%. Há quatro semanas, estava em 39,10%.

Setor externo

O setor externo é a válvula de escape do Relatório de Mercado Focus, que trouxe apenas piora das previsões. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o superávit da balança comercial de 2016 subiu de US$ 24 bilhões para US$ 25 bilhões de uma semana para outra - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 20 bilhões.

Para 2015, o ponto central da pesquisa foi ajustado de US$ 12 bilhões para US$ 12,99 bilhões de uma semana para outra. Quatro boletins atrás, estava em US$ 10 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro também seguiu com a tendência de ajustes para melhor: a expectativa de um déficit de US$ 68,00 bilhões foi substituída pela previsão de um rombo menor, de US$ 65,50 bilhões. Quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 73,50 bilhões.

Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo deu um salto de US$ 54 bilhões para US$ 50 bilhões - um mês antes estava em US$ 65 bilhões.

Com esse movimento de redução, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo já poderá cobrir integralmente o resultado deficitário em 2016, como já prevê o Banco Central para este ano.

Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril.

A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 64 bilhões para US$ 61,50 bilhões para 2015. Para 2016, caiu de US$ 61 bilhões para US$ 60 bilhões.

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