Arno Augustin: "Mantemos nossa expectativa de situação melhor de receitas nos próximos meses" (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2013 às 17h31.
Brasília - O resultado primário do governo central acumulado em 12 meses, até julho, é o quarto melhor da série histórica. A afirmação é do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. No período, o resultado alcançou R$ 74,4 bilhões, ou 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados divulgados pelo Tesouro na tarde desta quinta-feira, 29.
As contas do governo central reúnem Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Augustin também comentou com jornalistas que a receita deve melhorar. "Mantemos nossa expectativa de situação melhor de receitas nos próximos meses." O secretário afirmou ainda que há um intervalo entre o momento do crescimento e o em que "a receita reage". Segundo ele, neste segundo semestre, o governo espera aumento das despesas com os investimentos.
Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 26,5 bilhões de janeiro a julho, o que representa um crescimento de 6,8% ante o mesmo período de 2012. Apesar da expansão, o ritmo de crescimento dos investimentos do PAC está desacelerando. O mesmo ocorreu com os investimentos globais, que totalizaram R$ 38,8 bilhões, alta de apenas 0,1% em relação a igual período do ano passado.
Governos regionais
Persiste o compromisso da União de cobrir uma frustração da meta de superávit primário dos governos regionais. O secretário declarou que Estados e municípios não devem atingir o valor da economia fixada para estes entes em 2013. "Acho que vão fazer abaixo da meta. Por isso, aumentamos a nossa participação em R$ 10 bilhões, mas isso a gente vai precisando ao longo dos meses."
A meta de superávit primário para Estados e municípios é de R$ 47 bilhões. A União garantiu que cobrirá R$ 10 bilhões com o último contingenciamento de despesas neste valor. "Pela primeira vez, este ano, mudamos os valores do decreto (de reprogramação orçamentária) em função de Estados e municípios. No último decreto, colocamos R$ 10 bilhões a mais, já prevendo o não cumprimento por Estados e municípios. O governo tornou este objetivo em ação concreta com a alteração do decreto", disse. "Se é ou não suficiente, vamos ver", continuou.
Augustin acredita que o resultado apresentado pelos governos regionais nos últimos 12 meses deve ser relativizado, porque sob influência do resultado negativo em novembro e dezembro de 2012, quando a meta não foi atingida.