No acumulado do primeiro trimestre, houve um resgate líquido de R$ 117,178 bilhões, motivo que levou a uma queda no estoque da DPF este ano (REUTERS/Bruno Domingos)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2013 às 16h09.
Brasília - A queda de 0,57% no estoque da Dívida Pública Federal (DPF) em março ante fevereiro é explicado por um resgate líquido no valor de R$ 28,99 bilhões no mês passado.
O impacto no valor do estoque não foi maior porque houve uma apropriação de juros no valor de R$ 17,929 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Tesouro Nacional.
No acumulado do primeiro trimestre, houve um resgate líquido de R$ 117,178 bilhões, motivo que levou a uma queda no estoque da DPF este ano, que fechou 2012 em R$ 2,007 trilhões.
Foi uma redução de R$ 67,457 bilhões em relação ao estoque de dezembro. Isso porque parte do impacto dos resgates líquidos foi neutralizado pela correção de juros, que somou R$ 49,721 bilhões de janeiro a março de 2013.
Segundo dados do Tesouro, o total de resgates de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em março chegou a R$ 61,30 bilhões, dos quais R$ 57,02 bilhões (93,02%) se referiram a títulos atrelados à Selic.
Os vencimentos efetivos no período somaram R$ 56,93 bilhões, sendo R$ 56,53 bilhões referentes a Letras Financeiras do Tesouro (LFTs).
"O volume de pagamentos de LFTs em março foi o maior da série histórica" afirmou o coordenador de operações da Dívida Pública, José Franco. "O que explica é o perfil de maturação desses papéis, e a tendência é que o montante seja cada vez maior em valor nominal. Não tem nada de atípico, apesar de ser o maior da série", completou.