La Caixa, que possui cerca de 12,8 por cento da Repsol-YPF e 35,5 por cento da Gas Natural, negou que estivesse estudando uma fusão entre as duas empresas (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 11h40.
Madri - A petroleira espanhola Repsol-YPF, que está avaliando suas opções empresariais ante a iminente expropriação de sua filial argentina, disse que não considera em seus novos planos um acordo de gás natural.
O jornal Cinco Días publicou nesta sexta-feira que um acionista de peso da companhia, o banco La Caixa, estava preparando uma fusão entre a Repsol e a Gas Natural para evitar qualquer movimento hostil contra a petroleira.
Porém, La Caixa, que possui cerca de 12,8 por cento da Repsol-YPF e 35,5 por cento da Gas Natural, também negou que estivesse estudando uma fusão entre as duas empresas.
O presidente da Repsol-YPF, Antonio Brufau, disse que apresentará um novo plano industrial em maio. Espera-se que o Congresso argentino aprove na próxima semana uma lei que deixa nas mãos do Estado os 51 por cento da YPF em poder da petroleira espanhola.
"A Repsol tentará fazer frente a essas questões com seu plano industrial: sua situação financeira e como pode potencializar suas operações 'upstream' (de exploração e produção) depois da YPF", disse Álvaro Navarro, analista de valores do Intermoney Valores, em Madri.
A Repsol-YPF, que antes centrava suas atividades no refino, comprou a YPF em 1999 para conseguir uma maior margem com a produção de petróleo e gás. A YPF representa a metade da produção do Grupo Repsol, e cerca de 21 por cento de seu lucro líquido.