Economia

Representante comercial dos EUA foi "um pouco duro" em reunião, diz Guedes

O ministro da Economia acredita que Bolsonaro vai levar para a reunião com Trump um pleito do Brasil de ingressar na OCDE

"Eu até brinquei falando que ele pensou que eu sou chinês", disse o ministro (Erin Scott/Reuters)

"Eu até brinquei falando que ele pensou que eu sou chinês", disse o ministro (Erin Scott/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2019 às 14h14.

Última atualização em 19 de março de 2019 às 14h17.

Washington — O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Representante Comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, foi "um pouco duro" na reunião realizada na segunda-feira, 18, na qual questões comerciais foram tratadas. "Eu até brinquei falando que ele pensou que eu sou chinês", destacou. "Ele está analisando país a país para reduzir o superávit comercial que possuem com os EUA. Só que, no caso do Brasil, o País tem um déficit comercial com os Estados Unidos."

De acordo com Guedes, Lighthizer destacou que o Brasil precisaria entender que, para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), "nós queremos definir claramente o espaço dos países", porque "se é uma economia madura, uma das maiores, então tem que sair do grupo favorecido da OMC".

Segundo o ministro, esse foi a solicitação de Lighthizer. "Eu fiz o meu pedido: quero entrar na primeira divisão. Ele falou: então me ajuda a limpar a segunda divisão."

Ao ser questionado se aceita o pedido de Lighthizer, Guedes destacou: "Não vou dizer em que lado vou bater o pênalti."

O ministro apontou que acha que o presidente Jair Bolsonaro levará ao presidente dos EUA, Donald Trump, em encontro na Casa Branca nesta terça-feira o pleito do Brasil de ingressar na OCDE.

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