Economia

Renegociação de dívida cresce mais rápido que calote

Houve uma inversão de tendência em relação ao que ocorria nos últimos meses, quando o calote crescia mais que as dívidas renegociadas

Nas duas primeiras semanas de maio, o número de dívidas em atraso renegociadas aumentou 5,5% em relação à mesma quinzena de 2011,

Nas duas primeiras semanas de maio, o número de dívidas em atraso renegociadas aumentou 5,5% em relação à mesma quinzena de 2011,

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2012 às 10h26.

São Paulo - Em abril e na primeira metade deste mês, o ritmo de crescimento anual de renegociação das dívidas do consumidor com prestações atrasadas superou o avanço do calote, apontam os dados da Associação Comercial de São Paulo. Houve uma inversão de tendência em relação ao que ocorria nos últimos meses, quando o calote crescia mais que as dívidas renegociadas.

Nas duas primeiras semanas de maio, o número de dívidas em atraso renegociadas aumentou 5,5% em relação à mesma quinzena de 2011, quase dois pontos acima da taxa de crescimento da inadimplência de crediários em igual período (3,6%). A mudança de padrão de comportamento reflete o movimento de queda nas taxas de juros, a maior flexibilidade das instituições financeiras para negociar as dívidas não pagas e o aperto nos critérios de concessão de crédito.

"A situação do mercado de crédito vai se resolver. O problema é que a inadimplência sobe de elevador, mas desce de escada", compara Luiz Rabi, gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian. Ele afirma que os indicadores da entidade já mostram queda da inadimplência.

Segundo Nicolas Tingás, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), os bancos ficaram mais rigorosos na concessão de crédito por "uma questão de sobrevivência", já que a inadimplência sobe há mais de um ano.

Orientadas pelos bancos e financeiras que contratam os serviços de renegociação de dívidas, as empresas de cobrança baixaram o tom na hora de fechar os acordos de refinanciamento. O Banco do Brasil, por exemplo, informa que reduziu os encargos financeiros e aumentou os prazos para a renegociação de dívidas em atraso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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