Economia

Renan Calheiros desiste de votar autonomia do BC este ano

Segundo o presidente do Senado, o assunto não está suficientemente amadurecido para entrar em pauta


	Renan Calheiros: “Eu sempre defendi a independência do BC. Quem não defende, quem é contra é o governo e a oposição também”
 (GettyImages)

Renan Calheiros: “Eu sempre defendi a independência do BC. Quem não defende, quem é contra é o governo e a oposição também” (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 20h11.

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reconsiderou hoje (4) a decisão de colocar em votação ainda este ano o projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central. Segundo ele, o assunto não está suficientemente amadurecido para entrar em pauta.

“Os governos são contra a autonomia do Banco Central, historicamente, todos os governos. E a oposição também. Então, em outras palavras, em português claro, significa dizer que o assunto não está amadurecido para ser apreciado pelo Senado Federal”, argumentou Renan.

No último dia 25, Renan defendeu a votação até o fim do ano do substitutivo do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) ao projeto que dá autonomia ao Banco Central (BC) – PLS 102/2007.

De acordo com o substitutivo, o presidente do BC e os diretores da instituição devem cumprir seis anos de mandato, podendo ser reconduzidos uma vez.

O presidente do Senado reuniu-se hoje por mais de duas horas com a presidenta Dilma Rousseff, porém disse que não tratou do projeto do Banco Central no encontro. Renan reafirmou ser a favor da proposta. “Eu sempre defendi a independência do BC. Quem não defende, quem é contra é o governo e a oposição também”, disse.

Renan Calheiros disse que conversou com presidenta sobre aliança entre PT e PMDB nos estados, que segundo o presidente, está “mais do que nunca consolidada”. “Essas tensões [entre os partidos], essas conversas são naturais, mas o que importa é que a aliança está definida, consolidada e tem muita força nos estados”, disse.

De acordo com Renan, o encontro também resultou em uma “conversa geral sobre a agenda legislativa”. “Esta semana vamos votar o Orçamento Impositivo, o voto aberto, nós vamos votar a troca do indexador das dívidas estaduais. É uma semana gorda para o Senado Federal”, disse.

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