Economia

Remessas de imigrantes na Europa superam US$ 100 bilhões

Estudos indicam que até 20% desse dinheiro poderia ser investido em desenvolvimento, poupança, investimentos ou devolução de empréstimos para iniciar negócios


	Centro de imigração na alemanha: A maioria dos fundos enviados são usados em despesas básicas como alimentação, vestuário, habitação, saúde e educação
 (Jochen Eckel/Bloomberg)

Centro de imigração na alemanha: A maioria dos fundos enviados são usados em despesas básicas como alimentação, vestuário, habitação, saúde e educação (Jochen Eckel/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 11h31.

Os trabalhadores imigrantes que vivem na Europa transferiram no ano passado 109,4 bilhões de dólares para seus países de origem, indica um relatório do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) divulgado nesta segunda-feira.

Estas remessas representam "uma grande ajuda para mais de 150 milhões de pessoas no mundo", mas as famílias poderiam tirar muito mais proveito se tivessem acesso aos mercados de transferência de dinheiro mais competitivos e serviços financeiros específicos para ajudá-los a salvar ou investir esses fundos, explicou a agência da ONU.

"Temos de garantir que o dinheiro obtido com tanto esforço possa ser transferido ao preço mais baixo, mas acima de tudo, permitir que as famílias construam um futuro melhor", disse Kanayo Nwanze, presidente do FIDA, citado no relatório.

Europa Ocidental e Rússia foram as principais fontes de transmissão de tais remessas em 2014.

O países que ocuparam os primeiros seis lugares foram: Rússia (20,6 bilhões), Reino Unido (17,1 bilhões), Alemanha (14 bilhões), França (10,5 bilhões), Itália (10,4 bilhões) e Espanha (9,6 bilhões).

Quase um terço das remessas procedentes da Europa, ou seja, 36,5 bilhões de dólares, foram parar em 19 países dos Bálcãs, do Báltico e dos países do Leste Europeu, incluindo 10 Estados membros da União Europeia.

O restante das remessas (72,9 bilhões de dólares) foram enviados para países em desenvolvimento fora da Europa.

Fora da Europa, o norte da África e a Ásia Central foram as regiões mais dependentes do envio de fundos do continente europeu.

A maioria dos fundos enviados são usados em despesas básicas: alimentação, vestuário, habitação, saúde e educação.

Vários estudos indicam, no entanto, que até 20% desse dinheiro poderiam ser investido em desenvolvimento, em poupança, investimentos ou devolução de empréstimos para iniciar pequenos negócios, conclui o FIDA.

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