Economia

Relator inclui fim da isenção para compras intercionais em PL que trata de benefício para carros

Imposto de Importação foi zerado para compras internacionais de até US$ 50 em 2023, desde que as plataformas aderissem ao programa Remessa Conforme

Compras online: relator de projeto sobre carros quer incluir fim da isenção do imposto de importação para compras internacionais até US$ 50 (	SOPA Images /Getty Images)

Compras online: relator de projeto sobre carros quer incluir fim da isenção do imposto de importação para compras internacionais até US$ 50 ( SOPA Images /Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 6 de maio de 2024 às 13h06.

O relator do projeto de lei que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), Átila Lira (PP-PI), incluiu no relatório da proposta o fim da isenção do Imposto de Importação para as compras internacionais de até US$ 50. O projeto será votado nos próximos dias na Câmara dos Deputados. O texto ainda pode passar por modificações.

Em agosto de 2023, entrou em vigor o programa Remessa Conforme, do Ministério da Fazenda, que funciona por adesão. Com ele, o Imposto de Importação para compras de até US$ 50 foi zerado — antes, era de 60%. Isso vale para empresas como Shoppe e Shein.

Pelo programa, essas empresas devem pagar ICMS (imposto estadual) de 17%, sobre compras de qualquer valor. Antes do programa, havia diferentes alíquotas do imposto estadual para essas compras.

A medida desagradou aos varejistas brasileiros, que se queixam de concorrência desequilibrada com importados. O deputado Átila Lira (PP-PI) fala em "preocupação" com a indústria nacional, ao propor a revogação da medida.

"Propomos revogar a possibilidade de importações via remessa postal que hoje estão isentas, para não gerar desequilíbrio com os produtos fabricados no Brasil, que pagam todos os impostos", diz o relatório.

O texto não diz, porém, qual seria a alíquota.

O que é o Mover?

O Mover prevê, até 2028, que as empresas do setor que produzem no Brasil poderão obter créditos financeiros a serem usados para abatimento de quaisquer tributos administrados pela Receita Federal ou até serem ressarcidos em dinheiro.

Para isso, os fabricantes deverão realizar gastos em pesquisa e desenvolvimento ou produção tecnológica no país. São fixados limites anuais para tais créditos: em 2024, R$ 3,5 bilhões; em 2025, R$ 3,8 bilhões; em 2026, R$ 3,9 bilhões; em 2027, R$ 4 bilhões; e, em 2028, R$ 4,1 bilhões.

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