O economista Rafael Costa Lima, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na capital paulista, reforçou que a deflação do etanol vem perdendo fôlego no decorrer de julho, num sinal de esgotamento da queda (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 15h15.
São Paulo - Apesar da perda de vigor de queda nos preços do etanol ao longo do mês de julho, ainda continua valendo a pena abastecer o carro com o combustível derivado da cana-de-açúcar.
Levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que a relação entre o preço médio do etanol e o da gasolina atingiu 65,08% no fechamento do mês passado, menor taxa desde novembro de 2010, quando fora de 64,79%.
Na comparação semanal, o número ficou em 64,43% nos últimos sete dias de julho, o mais baixo desde a segunda semana de junho de 2011 (62,96%). O resultado também ficou abaixo do apresentado na terceira semana do mês (65,45%) e de igual semana de 2012 (66,59%).
O economista Rafael Costa Lima, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na capital paulista, reforçou que a deflação do etanol vem perdendo fôlego no decorrer de julho, num sinal de esgotamento da queda.
Segundo a Fipe, enquanto o preço recuou 8,00% no final de junho, cedeu bem menos no fechamento de julho: -0,37%. Já a gasolina, que havia recuado 1,35% no mês anterior, caiu 0,14% em julho. "Aparentemente não tem mais espaço para cair. Na ponta (pesquisa semanal), o preço do etanol está zerado e o da gasolina já está subindo", contou.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.