Economia

Reino Unido teria problemas agora para defender as Malvinas, diz relatório

Estudo indica que as ilhas do Atlântico Sul estão hoje em situação mais vulnerável do que ao final do conflito armado

Soldados argentinos em 13 de abril de 1982 nas Malvinas (©AFP / Daniel Garcia)

Soldados argentinos em 13 de abril de 1982 nas Malvinas (©AFP / Daniel Garcia)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2012 às 12h46.

Londres, 1 abr (EFE).- O Reino Unido teria dificuldades para defender, reforçar e recuperar as ilhas Malvinas se a Argentina decidisse ocupá-las outra vez pela força como fez há 30 anos, revelou relatório divulgado neste domingo.

Elaborado pela Associação para a Defesa Nacional do Reino Unido (UKNDA, na sigla em inglês), o estudo indica que as ilhas do Atlântico Sul estão hoje em situação mais vulnerável do que ao final do conflito armado, em 14 de junho de 1982.

A UKNDA é uma organização que avalia a capacidade militar das Forças Armadas e defende o bem-estar dos militares.

Pelo relatório, Londres teria problemas para desdobrar as forças necessárias para defender as ilhas após uma ocupação.

'Em circunstâncias favoráveis, o desdobramento de mais soldados e de uma adequada força de guerra levaria aproximadamente uma semana', diz o texto, cuja publicação coincide com o aniversário nesta segunda-feira da data de início do conflito que levou a uma guerra entre os dois países pela posse das ilhas.

Em uma situação assim, os britânicos teriam de fechar a base aérea de Mount Pleasant, nos arredores da capital Puerto Stanley, durante uma semana para dar tempo à chegada de reforços, assinala a UKNDA, que lembra a falta de armamento do Reino Unido.

O relatório foi elaborado com a ajuda de ex-combatentes da guerra de 1982, entre eles o general Julian Thompson, dos Royal Marines; o capitão Michael Clapp, da Royal Navy, e o comodoro do ar Andrew Lambert, do Real Força Aérea (RAF).

Também contribuíram o historiador militar Andrew Roberts; o diretor do UKNDA, comandante John Muxworthy, e o subdiretor desta associação, Andy Smith.

Após a divulgação do relatório, um porta-voz do Ministério de Defesa britânico disse que, ao contrário de 1982, o país tem uma boa base aérea nas Malvinas para defender as ilhas.

'As pessoas deveriam estar tranquilas pelos planos de contingência que temos agora em comparação com os que tínhamos há 30 anos. Além disso, não há provas de que haja atualmente uma ameaça militar contra as Falklands (Malvinas)', acrescentou o porta-voz.

O conflito bélico de 1982, no qual morreram 255 militares britânicos e 650 argentinos, começou quando a junta militar argentina ocupou as ilhas em 2 de abril e terminou com a vitória do Reino Unido em 14 de junho.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaEuropaGuerrasPaíses ricosReino Unido

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo