Economia

Reino Unido e China querem reforçar laços após o Brexit

O Reino Unido deve deixar a UE em 2019 e precisa, agora, fazer seus próprios acordos comerciais com países de fora do bloco

China: China e Reino Unido também preveem criar um novo fundo de investimentos bilateral (Fabrizio Bensch/Reuters)

China: China e Reino Unido também preveem criar um novo fundo de investimentos bilateral (Fabrizio Bensch/Reuters)

A

AFP

Publicado em 16 de dezembro de 2017 às 16h56.

A China e o Reino Unido declararam neste sábado sua disposição para reforçar a cooperação após o Brexit, especialmente para intensificar os laços entre as bolsas de Londres e Xangai, durante a visita do ministro britânico de Finanças a Pequim.

"Os planos pós-Brexit do Reino Unido (...) marcam o início de um novo período de oportunidades históricas para uma cooperação pragmática sino-britânica sobre o desenvolvimento econômico e o comércio", declarou o vice-primeiro-ministro chinês, Ma Kai durante um encontro com a imprensa no fim da reunião com Philip Hammond e sua delegação comercial.

O Reino Unido deve deixar a União Europeia em 2019 e precisa, agora, fazer seus próprios acordos comerciais com países de fora do bloco. A grande força econômica da China faz dela um aliado atraente.

Philip Hammond anunciou que os dois países aceleraram os últimos preparativos para reforçar a cooperação entre as bolsas de Londres e Xangai, e concordaram com examinar a possibilidade de conectar seus mercados de títulos.

China e Reino Unido também preveem criar um novo fundo de investimentos bilateral de bilhões de dólares que envolverá o ex-primeiro-ministro britânico David Cameron, acrescentou Hammond.

O vice-ministro chinês das Finanças, Shi Yaobin, declarou à imprensa que "os investimentos chineses são bem vindos no Reino Unido, e os investimentos britânicos são bem vindos na China. Cada um quer se abrir ao mercado do outro".

Acompanhe tudo sobre:BrexitChinaReino Unido

Mais de Economia

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil